Êxodo: Deuses e Reis

Não, não é um filme bíblico e justamente por isso, nesse post, não falaremos sobre os paralelos com a bíblia. O que importa nesse texto é somente o filme, e é nesse quesito que Êxodo vacila.exodos (1)

A história você já sabe, mas, em sua essência, tem muita diferença em relação a bíblia, apesar de seguir, mais ou menos, a mesma cronologia. Moises, um hebreu, é criado pela família do Faraó, sem saber que era, de fato, um hebreu. Depois de um incidente, o príncipe do Egito é exilado para o deserto. Ao ser confrontado por Deus, representado por uma criança, ele assume a responsabilidade de ser o salvador dos escravos.

A produção tem o selo de qualidade “Ridley Scott”, mas o diretor parece ter perdido a mão nas cenas de lutas. A grandiosidade das cenas é muito bem realizada, porém a cenas em close-up tem vários problemas, incluindo lentidão de movimentos e problemas com a edição.

O elenco tem figurantes de luxos, digo figurantes porque quase não há diálogos entre eles. Estão em cena somente para dá sentido à carga dramática que exige a situação do que propriamente para exercer algum tipo de atuação. Ter Aaron Paul, Bem Kingsley e Sigourney Weaver para balbuciar meia dúzia de palavras me parece um desperdício. Já Joel Edgerton (Ramses) consegue transmitir muito bem a insegurança que o personagem pede. Longe de ser a melhor atuação da carreira, Cristian Bale não compromete.304642.jpg-c_640_360_x-f_jpg-q_x-xxyxx

Mas o que mais incomoda em Êxodo é seu roteiro. Ao transformar o encontro com Deus em pequenas alucinações de Moises, e transformar sua missão em motivações, o filme perde força. O roteiro não foi feliz em criar as motivações de Moises. Apesar de abordar a arrogância e humildade, bons temas, o telespectador não consegue se importar com nada o que acontece na película. Vários filmes já conseguiram mostram empatia mostrando menos mortos do que Êxodo.

Apesar da controverso, o filme de Noé propõe mais discussões do que Deuses e Reis. Infelizmente o diretor de Gladiador traz um filme totalmente descartável.

Leonardo Agrelos
Se acha um host, mas não sabe houstear. Se acha um podcaster, mas tem a linguá presa. Se acha um nerd, mas nunca terminou de ler O Senhor dos Anéis. Se acha um escritor, mas sempre procura no Google como se escreve impeachment. Entre tantos achismos uma certeza, a de que tem que melhorar como pessoa para parecer menos com um babaca.
http://pupilasembrasas.com.br
Top