Quem poderia imaginar que, em 2011, a Fox surpreenderia todo mundo com um bom reboot? Em 2014 a raposa continua surpreendendo mais ainda com a continuação do Planeta dos Macacos – O Confronto.

Dez anos após os eventos do primeiro filme, o mundo foi devastado pela gripe símia. Bilhões de humanos morreram, sobrando pequenos grupos espalhados pela Terra. Em uma floresta perto de São Francisco vive Cesar (Andy Serkis), juntamente com outros macacos que, assim como Cesar, evoluem dia a dia. Um grupo de humanos ainda sobrevive na cidade e luta para conseguir recursos para se manterem seguros. O confronto começa quando interesses incomuns aparece.

O interessante é que, em relação ao filme passado, muita coisa mudou, a começar pelo protagonista. Sai o talentoso James Franco e entra Jason Clarke, que apesar de não ter o mesmo carisma, consegue imprimir a carga dramática necessária.  A direção da película também muda. Sai o pouco expressivo Rupert Wyatt e entra Matt Reeves que em Cloverfield já tinha provado seu valor e mostrado uma direção segura em relação a tensão e ação. Atributos muito bem aplicados, com mais dinheiro diga-se de passagem, no Planeta dos Macacos – O Confronto.

Andy Serkis volta no papel principal e, mais uma vez, ressurge a polemica do Oscar para captação de movimentos. Discursão mais do que justa, e provada novamente nesse filme. É bem verdade que o talento de Serkis é facilitado pela ótima equipe de efeitos especiais que aumentam a realidade dos macacos, tornando-os cada vez mais impressionantes. Tem uma cena, simplesmente fantástica, onde há um close no olho de Cesar. Surreal tamanha realidade.

A inclusão de mais um roteirista ajuda a desenvolver melhor os dramas e paradoxos exigidos desde a proposta inicial do reboot. Apesar de existir algumas bengalas narrativas, a discurssão levantada em um blockbuster é muito louvável e renderia ótimas discurssões sociais.

Planeta dos Macacos – O Confronto é empolgante sem deixar de ser sensível.