You Get What You Give – Saindo do lugar

Cá estou eu para comentar sobre mais música boa. Trago a vocês uma canção que a grande maioria conhece, já ouviu, pode até ter cantarolado em algum momento da sua vida, mas não sabe o nome da música e muito menos o nome da banda!

Então, já que você não conhece mesmo, vai ouvindo aí por que eu tenho algumas coisas para falar para você!


A banda New Radicals nasceu nos EUA (sempre a boa pátria) por volta de 96/97 e lançou seu primeiro CD em 98, Maybe You’ve Been Brainwashed Too. Depois desse lançamento tendo a musica You Get What You Give como segunda faixa do álbum, a banda estourou por um curto período de tempo.

A estratégia de manter sempre o seu único membro fixo como estrela da banda não funcionou muito bem. Gregg Alexander deixou a banda em 99 após lançar um segundo single que não teve tanto sucesso quanto o primeiro. A banda ficou conhecida como uma one-hit wonder e assim acabou a banda The New Radicals.

Confesso que achava que a música era bem mais antiga do que é. A influência que a banda sofreu do rock dos anos 70 ajuda a mentir sobre sua real idade. Apesar de ter saído do mundo comercial, o legado da banda ficou e a música que irei comentar é uma prova clara disso.

A primeira vez que me lembro de ter ouvido essa música foi durante os créditos do filme de Adam Sandler, Click, e a princípio ela apenas me chamou a atenção, mas não fez diferença alguma na minha vida. Mas, tudo mudou quando eu revi o filme há pouco tempo e decidi procurar essa música pela internet digitando parte da letra no Google. Depois de escutá-la bastante, decidi conferir o que a letra da música falava e gostei mais ainda!

Não sei bem se por conta do ritmo, ou a letra, ou até os instrumentos usados, mas eu curti demais a canção e ela foi parar em pouco tempo na lista de mais ouvidas por mim. Pode parecer estranho, mas eu comecei a me questionar sobre o porquê de eu ter gostado daquela música. Lá fui eu pro cantinho do pensamento e comecei a refletir sobre a música em si, a letra, a forma que eu a descobri. Não sei vocês, mas o motivo para eu ter gostado assim da música foi por que ela me trouxe um sentimento muito maneiro chamado motivação!

Acho que agora você deve estar pensando que eu fico lendo livros de autoajuda e motivacionais constantemente. Não, não faço isso! É que essa sensação vinda de uma música foi totalmente inédita para mim. Você pode achar isso em diversas mídias, mas na música é mais difícil!

Aproveitando que eu já estava no cantinho do pensamento, fiquei lá para refletir sobre o que tem nos motivado ultimamente nas diversas áreas da vida. Em um dos textos que fiz aqui pro site sobre O Medo Que Nos Move comentei um pouco sobre uma das áreas, mas essa música não inspira medo, pelo contrário, se trata de uma música alegre e até divertida!

A situação toda é o que fazemos com essa motivação que recebemos. Cada um é motivado por algo e direcionamos essa motivação para alguma área da vida. Um exemplo claro ocorre nos quadrinhos: Heróis e vilões podem ter a mesma motivação algumas vezes, mas a encaminham para ações certas ou erradas.

Mas, conosco (meros mortais), como temos direcionado essa motivação? Pois de nada adianta sermos motivados e não sairmos do lugar, não sairmos da zona de conforto e tentarmos alcançar novos horizontes. Todas as vezes que ouço essa música e me sinto motivado novamente, me lembro de que devo investir toda essa motivação em coisas boas, em ações que valham a pena.

Sair do lugar, deixar a zona de conforto para trás representa muitas vezes ter que lutar e enfrentar problemas e geralmente não estamos dispostos a fazer isso. Mas, como chegar a algum lugar sem trilhar o caminho? Como descobrir que gosta de algo sem arriscar? Os problemas continuarão lá mesmo se ninguém for enfrenta-los, mas eles só se apresentam para aqueles que tiverem coragem de sair do lugar.

Nessas horas que eu me lembro de João 16:33, e que para solucionar problemas na vida a própria música dá uma solução bem clara para mim: “We’ll kick your asses”.

Leonardo Agrelos
Se acha um host, mas não sabe houstear. Se acha um podcaster, mas tem a linguá presa. Se acha um nerd, mas nunca terminou de ler O Senhor dos Anéis. Se acha um escritor, mas sempre procura no Google como se escreve impeachment. Entre tantos achismos uma certeza, a de que tem que melhorar como pessoa para parecer menos com um babaca.
http://pupilasembrasas.com.br
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