As Lendas da Marvel – Hulk Gritos Silenciosos Blog Grandes Lendas by Adriano Toledo - 28/08/201510/02/20164 Não teria como não voltar a escrever para essa coluna com uma história tão profunda e rica quanto a última edição da Coleção Marvel de Graphic Novels. Gritos Silenciosos é um encadernado lançado nos EUA em 2012 que reúne as histórias publicadas originalmente na revista Incrível Hulk 370 à 377, de 1990. Todas as histórias são de autoria de Peter David, um dos escritores que ficou mais tempo escrevendo as histórias do Golias Esmeralda. Foram 12 anos, de 1987 à 1999, que Peter esteve a frente da revista e foi responsável por mudar o rumo das histórias e é considerado por muitos dos fãs como o melhor autor a cuidar das histórias do Hulk. O ilustrador também é um conhecido dos fãs do Verdão, já tendo trabalhado em diversas histórias. Juntos eles forma um belo para para essa história tão definitiva. Voltando a Peter David, ele foi o responsável por uma faceta do Hulk importante. Em suas histórias temos a volta do Hulk Cinza, e a dinâmica do início de suas histórias, em que o Banner se transformava em Hulk apenas à noite. A diferença aqui é que David criou uma personalidade totalmente nova para o monstro, conhecida como Joe Fix-It ou aqui no Brasil Sr. Tira-Teima, que era um Hulk com menos poder que o Verde, mas era inteligente, não como Banner, um cientista, mas era um típico malandro, cheio de malícia, não sendo malvado, mas muito sarcástico. Nessa fase ele foi até um segurança de cassino em Las Vegas. Ok, mas e o Hulk Verde, você pergunta? E pergunta bem! Bem, ele não deixou de existir. A história do encadernado é toda centrada em uma batalha psicológica, na qual o campo de batalha é a mente de Bruce Banner. Dentro dela duelam as três personas, Banner, Hulk Cinza e o Hulk Verde, que está trancado por uma “porta” psicológica, visto que para Banner é mais conveniente estar aliado ao Hulk Cinza. Cenário que muda um pouco durante a história. | A história é toda centrada em uma batalha psicológica, na qual o campo de batalha é a mente de Bruce Banner. Durante o arco também vemos a volta de Betty Ross, eterno amor de Bruce, e sua interação nessa bagunça psicológica. Toda a luta do casal para continuar juntos e fazer seu casamento dar certo apesar de todo o problema causado pelo Hulk. Durante a história temos como foco os problemas psicológicos que Bruce apresenta, e suas origens em traumas infantis e abusos causados pelo pai. Esse assunto inclusive foi usado pelo cineasta Ang Lee na adaptação do Gigante Verde em 2003, aquele que tinha poodles Hulk… Ok, não é um dos mais elogiados filmes de herói mas temos que dar o crédito ao “chinesinho”, diretor de O Segredo de Brokeback Mountain e As Aventuras de Pi, só por esses filmes dá pra você ter uma idéia do porque ele trouxe a tona os traumas do Dr. Banner. Queria mostrar ao grande público a profundidade que Peter David conseguiu transmitir a suas histórias. Porém quem vai ao cinema ver um filme do Hulk infelizmente não quer ver o Verdão passando por uma sessão de terapia, e sim ESMAGANDO! Acho que ao tratar de um assunto tão delicado em uma história em quadrinhos é de uma beleza extraordinária além de carregar um peso social. Pensando na época em que a história foi publicada, início da década de 90, foi com certeza um avanço. Ver um herói até então visto como invencível por sua força sem igual, sendo assolado por traumas. Pense em quantos dos leitores, nós inclusos, temos nossos problemas psicológicos. Sim! Temos, alguns mais severos que outros mas temos, não é vergonha nenhuma admitir, e inclusive, se você ou alguém próximo notar essa necessidade, não é vergonha procurar ajuda para lidar com isso. Ajuda dos seus entes queridos e ajuda profissional. Related PostsPupilas de Segunda 174 – Flops de 2023 (Por enquanto…)Pupilas de 2º #25 – As Melhores Adaptações dos Ultimos Tempos da Ultima SemanaPodcast 30# Lilo e Stitch – OhanaPupilas de 2ª#10 – Meu, Seu, Nosso MiMiMi e Dois Comentários.Eis que surgem as primeiras “IBAGENS” de Will Smith como o Pistoleiro de Esquadrão Suicida!!Entre o certo e o errado há 50 tons de cinza – parte 4 Share on Facebook Share Share on TwitterTweet Share on Pinterest Share Print Print