O diretor neozelandês Taika Waititi entrou no radar cinematográfico de muita gente após, para surpresa geral de todos, ser anunciado como o diretor de Thor: Ragnarok. Mas quem é esse novato diretor que a Marvel decidiu entregar de mão beijada um dos seus maiores personagens em, talvez, seu maior arco cinematográfico? Para responder essa pergunta eu trago aquela que talvez seja a sua obra prima, What We Do in the Shadows.

O filme conta a história de três vampiros que vivem nos dias modernos, mas não sabe bem como lidar com as tecnologias e nem com os protocolos sociais. Ser vampiro não é fácil hoje em dia. Os mordedores têm muitas dificuldades, inclusive para se divertirem. Por usarem roupas da época em que ainda eram humanos, seus gostos continuam o mesmo de séculos atrás, eles encontram dificuldades para irem à balada, por exemplo. Como são estranhos, nunca são chamados para entrar. Ou seja, nunca podem frequentar as baladas que estão bombando porque entrar sem ser convidado fere a regra vampiresca. É com essas “regras de vampiros” e sutilezas sociais conflitantes com o universo do vampiro que o diretor, e também roteirista, Taika Waititi, brinca.

A ambientação do filme me remeteu ao clássico Garotos Perdidos, mas a sacada aqui é que a história vai para o lado da paródia sem perder a seriedade. O que torna as situações mais bizarras ainda. Sabe aqueles questionamentos que você sempre fez sobre os vampiros, mas nunca nenhum filme explorou? Talvez esteja nesse filme. Mas com certeza há muitas surpresas exploradas.

Fazia tempo que não via um filme tão diferente e também tão agradável ao mesmo tempo.

Resta saber se Taika terá a liberdade para exercer sua genialidade ou será mais um diretor de aluguel da Marvel.