[GAMES] Crítica – Uncharted 4: A Thief’s End Críticas Games by Adriano Toledo - 26/05/201617/06/20161 |SIC PARVIS MAGNA – Grandeza com um começo pequeno. Esse é o lema de Sir Francis Drake, famoso explorador, cuja lenda permeia toda a série Uncharted. Lema essa que se encaixa, tanto na série quanto na história da, hoje gigante, Naughty Dog, que começou com o modesto mas muito querido Crash Bandicoot e hoje é a principal desenvolvedora “Third Party” da Sony. Com Uncharted 4 a Naughty Dog fecha a saga de Nathan Drake com chave de ouro, mostrando que video games não precisam ser uma série de tiroteios e sequências de ação ininterruptos, mas também podem ter grandes diálogos, interpretações primorosas e aprofundamento nos relacionamentos dos personagens. Para quem não conhece, Uncharted é uma série de games iniciada no PS3 que conta as aventuras de Nathan Drake, um explorador/caçador de tesouros/ladrão que está sempre a procura de uma grande descoberta, sempre está cercado de seus mais fieis companheiros e sempre está sendo perseguido ou caçado por algum bandido. Na trilogia da geração passada ele nada menos que encontrou as cidades perdidas de El Dorado, Shamballa e Iram das Colunas, três cidades míticas e tidas como perdidas pela história e arqueologia. Também nessa trilogia vemos sua relação de fraternidade/paternidade com Victor Sullivan ou simplesmente Sully e sua relação amorosa com Elena. Em Uncharted 4, Drake se aposenta de sua vida de loucas explorações e arriscadas empreitadas para tentar ter uma vida normal ao lado de Elena. Porém ele é obrigado a sair para uma última aventura quando descobre que seu irmão Sam, quem ele acreditava estar morto, retorna pedindo sua ajuda pois sua vida corre um grave perigo. A premissa parede um grande clichê da sessão da tarde não é? Pois é mais ou menos isso que deveria ser mesmo. Uncharted sempre foi um resgate à aventura que tinhamos com Indiana Jones e etc. Sendo assim não poderia ser diferente. No game temos sequencias de ação incríveis, puzzles para resolver e combates. Mas não é só isso. A empresa que nos trouxe The Last of Us não falha em trazer profundidade e beleza para o capítulo final da história de Drake. Contando com um elenco de primeira, incluindo os monstros da dublagem de games Nolan North e Troy Baker nos papeis principais de Nathan e Sam, além de uma fascinante tecnologia de captura facial, o game trata de forma séria os relacionamentos entre os personagens. Os diálogos são cheios de expressão e trazem a tona uma gama de sentimentos. Existem momentos contemplativos em que se sente o peso do momento, o baque da situação que se passa entre os personagens. Não é raro que durante o gameplay, em momentos em que dois personagens dividem a tela, eles estão conversando, sobre seus passados por exemplo, sobre a situação atual, e quando Nate se vê sozinho por algum motivo, certas vezes ele fala consigo mesmo, se penaliza. As “DRs” que ocorrem entre os personagens são pesadas e ao mesmo tempo você se identifica. Guardando as devidas proporções ali você encontra vários exemplos de discussões que ocorrem no nosso dia-a-dia. Mas talvez o ponto mais impressionante do jogo seja a parte visual. A Naughty Dog mais uma vez aproveita ao máximo os recursos e o hardware do PS4 de modo a trazer gráficos nunca antes vistos em um game de console. As já citadas expressões faciais, que dão vida e emoções aos personagens, a ambientação e cenários tão detalhados que te fazem em diversos momentos parar para contemplar os detalhes que foram pensados para estar ali. A jogabilidade é bem semelhante aos seus antecessores com algumas adições, como a corda com gancho e um aprimoramento nas partes de stealth. Poderia continuar falando sobre Uncharted 4 por horas, mas seria só chover no molhado. O jogo é impecável, talvez tecnicamente o melhor dessa geração até o momento, traz diversos momentos memoráveis, e VÁRIAS homenagens e easter eggs que são presentes para nós gamers de longa data. E além de tudo eu tenho certeza que ao final do jogo você será levado a refletir sobre alguns temas também. O que importa no final da jornada? Como você lida com seus conflitos? Como você sabe a hora de parar de perseguir algo que pode ter se tornado uma obsessão? Vamos acompanhar quais serão os próximos passos da Naughty Dog. Talvez um bom DLC para Uncharted 4? Uma continuação de The Last of Us? Ou uma IP totalmente nova? Nota do Adriano: 10/10 com louvor! Comparando com o meu outro game favorito dessa geração, The Witcher 3, ambos tocam no que eu primo mais em games, contar boas histórias com imersão. A diferença é o direcionamento das histórias e o tamanho dos mundos. Related PostsPupilas de 2º#01-Jaiminho, Homem de aço e meias duplas.Pupilas em Brasas #183 – Crença: Me Diz No Que Você CrêEspecial – O Rei das ManhãsPupilas em Brasas 195 – The Batman: A Vingança Nunca é PlenaDe acordo com Mark Rufallo teremos Hulk em Guerra CivilPupilas de Segunda 177 – Tubarões, Bizarrices e Afins Share on Facebook Share Share on TwitterTweet Share on Pinterest Share Print Print