Insurgente Sem categoria by Leonardo Agrelos - 13/01/201418/09/20141 “Eu acho que nós choramos para libertar as partes de animal em nós, sem perdermos a humanidade. Porque dentro de mim há uma fera que rosna, grunhe e se esforça para a liberdade, para Tobias, e , acima de tudo, para a vida. E por mais que eu tente, não consigo matá-la. Ao invés eu soluço em minhas mãos.” ATENÇÃO, ESSE POST TERÁ MUITAS PALAVRAS EM CAIXA ALTA. Insurgente. Sabe aquele livro que você acaba de ler e não sabe se ama ou odeia? Então, esse não é Insurgente, ainda que ele tenha muitos momentos assim. Continuação direta (mas DIRETA MEEESMO) de Divergente, esse é o segundo volume da trilogia, também foi laçando no Brasil pela Rocco e é pouca coisa maior que o primeiro (esse volume conta com 514 páginas)., mas a sua leitura não é tão fácil e rápida como o primeiro. Na verdade, dá para ler em umas 20 horas fácil, mas em comparação com o primeiro que li em oito, esse acabou sendo um pouco mais monótono. Na verdade, estou enrolando para dizer que o que eu não gostei foi o romance mulherzinha. PRONTO! FALEI! Caramba tinha TANTA coisa para explorar e fazer crescer no livro e mais da metade do tempo a gente fica preso na mente da Tris e de seus sentimentos de “bem-me-quer-mal-me-quer”. Pronto, revolta expressa, vamos ao livro. “Estou quase com medo dele. Eu não sei o que dizer ou fazer perto da parte errática dele, e ela está aqui, borbulhando sob a superfície do que ele faz, assim como a parte cruel de mim. Nós dois temos guerra dentro de nós. Às vezes, nos mantém vivo. Às vezes, ela ameaça nos destruir.” Um ponto fortíssimo do livro é a apresentação e a descrição das outras facções e do funcionamento da sociedade dos sem facção. Eu adorei conhecer o funcionamento da Amizade e ter vislumbres de seu ambiente e tecnologia, e confesso que fiquei com uma impressão muito forte de que eles são maiores hipongas/bicho-grilos DO UNIVERSO. Toda aquela agricultura hidropônica, o visual retro (que em minha mente pareceu steampunk), toda aquela felicidade, soou muito legal e por vários momentos eu queria fazer parte daquela comunidade… mas isso começou a soar MUITO estranho e MUITO suspeito. MERMÃO! É muita erva na cabeça!!!!! Caramba! Não dá pra ser tão paz e amor assim o tempo todo! E é claro que havia alguma coisa errada. Depois que descobri o que havia de estranho, tudo fez sentido e a Amizade caiu, caiu como a Abnegação com seus segredos, caiu como a Audácia e seu frenesi sem pensamento ou consideração. Depois conhecemos o funcionamento da Franqueza/Sinceridade, e essa é uma facção que eu amei odiar. Especialmente seu líder que apelidei de Jackie Chan (não pelas atitudes, mas apenas pelo nome, o Jackie Chan real é muito mais maneiro). Havia momentos em que eu desejava pegar o Jackie Chan pelo colarinho e dar uns bitche-slaps na fuça! Aliás… a Franqueza/Sinceridade não serve para muita coisa na sociedade distópica de Divergente. “Eles todos riem. Nós todos rimos. E me ocorre que eu talvez esteja conhecendo a verdadeira facção de Tobias. Eles não são caracterizados por uma virtude em particular. Eles reivindicam todas as cores, todas as atividades, todas as virtudes, e todos os defeitos como se fossem seus.” Nessa segunda parte da obra (que como disse no post de Divergente, foi escrita pronta para uma adaptação cinematográfica), temos o aprofundamento da relação entre a Tris e Tobias, somos apresentados aos sem facção, descobrimos que existem Divergentes igual a estrelas no céu e descobrimos que existem UM MILHÃO DE SOROS E QUE ELES SERVEM PARA TUDO QUE É IMAGINÁVEL! Outra coisa que me surpreendeu no livro foi a quantidade ABSURDA de reviravoltas. Personagem voltando do além túmulo, gente morta que não estava morta, gente morrendo de formas desnecessárias, muita coisa sendo explicada, torturas, e, finalmente, descobrimos o que está fora dos muros… descobrimos o que aconteceu com o mundo… descobrimos que… isso vou deixar para quem quiser ler, mas apesar de tantos altos e baixos, eu devo confessar que o fim do segundo fez MINHA CABEÇA EXPLODIR!!! Final EXCELENTE! E a nota final para Insurgente é 7.0 pãezinhos batizados na alegria! Related PostsPupilas em Brasas #101 – A Sociedade do Anel – Sem ISO 9001Cinegoga#5 – Ensaio sobre a Cegueira: ver sem enxergarPupilas de Segunda #59 – Filmes da InfânciaPupilas em Brasas #81 – Pokémon: Tá na Hora de IRLove, Death + Robots: Guerra Secreta[Olho Crítico] – Okja Share on Facebook Share Share on TwitterTweet Share on Pinterest Share Print Print