Crítica – O Ataque

Depois de destruir o mundo inúmeras vezes, o diretor Roland Emmerich (2012, O Dia Depois de Amanhã) é mais contido em O Ataque, destruindo apenas a Casa Branca.White-House-Down-wallpaper-1920x1080

Geralmente, alguns estúdios pequenos se aproveitam do lançamento de um grande filme para simultaneamente lançarem os seus filmes com qualidade duvidosa, vide Transformes (clique aqui). Mas, também, é comum grandes estúdios lançarem filmes com a mesma temática simultaneamente, para aproveitarem o marketing um do outro. Armagedom e Impacto Profundo talvez sejam um dos casos mais famosos. Geralmente dá resultados, o que não foi o caso de O Ataque. A bomba, Invasão a Casa Branca, destruiu qualquer pretensão de sucesso. O Roland nos entrega algo melhor, o que não quer dizer que seja bom.

Cale (Channing Tatum) é um ex-militar que trabalha no Congresso para um congressista. Seu grande sonho é fazer parte do serviço secreto e proteger o presidente dos EUA (Jamie Foxx). No dia da entrevista para o tão sonhado emprego, o qual não obteve sucesso, Cale leva sua filha para visitar a Casa Branca. Nesse mesmo dia, terroristas invadem a Casa Branca e tentam sequestrar o presidente, mas, são impedidos por – veja você a surpresa – “Magic Tatum Mike”.

O filme propõe diversão, mas, ao que parece, o alemão Roland acredita que o cinema americano deve ser feito com muitas explosões, o que, consequentemente, atrapalha o rendimento e desenvolvimento da estória.

hr_White_House_Down_12Tendo você gostado de Godzila (2000), O Patriota e 2012, vai gostar de O Ataque. É exatamente uma cópia dos roteiros anteriores. Tudo está lá: herói improvável, patriotismo, uma boa cena de bandeira tremulante, explosões, vilões maniqueístas e crianças duronas. Falando em criança, Cale tenta o filme todo recuperar a sua filha das mãos dos terroristas, mas, ninguém se importa com essa garota. A relação dele com o presidente é muita mais intensa.

Channing tem carisma para segurar um blockbuster, já Jamie Foxx começa mal. Atribuo isso ao moroso roteiro, no entanto, do segundo ato em diante, melhora e chega a um nível mediano.

Não é um filme que deixará você arrependido por consumir duas horas da sua vida, o que já é um grande feito hoje em dia. Porém, não te trará nenhuma emoção.

Opinião Pupilas em Brasas: Filme para assistir com toda a família.

Leonardo Agrelos
Se acha um host, mas não sabe houstear. Se acha um podcaster, mas tem a linguá presa. Se acha um nerd, mas nunca terminou de ler O Senhor dos Anéis. Se acha um escritor, mas sempre procura no Google como se escreve impeachment. Entre tantos achismos uma certeza, a de que tem que melhorar como pessoa para parecer menos com um babaca.
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