Apesar de ter sido muito elogiado pela crítica especializada, alguns críticos reclamaram do filme ser mal vendido (trailer, pôsteres e sinopse), o que em minha opinião, foi o grande trunfo de Questão de Tempo.

Ao fazer 21 anos, o pai de Tim, revela que sua família tem o dom de viajar no tempo usando somente a mente. Alguns conceitos de viajem temporal, já consolidados na cultura pop, são relembrados para estabelecer um limite nas viagens. Alguns de sua família, já usaram a viagem para conseguir fama e dinheiro, apesar de não ter dado muito certo. Tim decide apostar o seu “dom” na busca do verdadeiro amor.

A sinopse do filme sugere mais uma comedia romântica, usando a viagem temporal como alivio cômico. Mas o filme consegue ir muito além disso, e só por isso já vale a pena ser visto.

Richard Curtis, reconhecido pelos excelentes roteiros de Simplesmente Amor e Quatro Casamentos e um Funeral, assina e dirige essa simpática trama. O humor inglês, quase sempre contido e muitas vezes critico, está lá. Interessante notar o avanço natural que o seu protagonista vai tendo em relação ao seu “dom”. O que poderia parecer clichê foi muito bem usado. Sua evolução é madura e real.

O pouco conhecido Domhnall Gleeson manda muito bem. A transposição de garoto looser para homem maduro, é muito bem feita. Novamente, méritos para Curtis. Gleeson ficará cada vez mais conhecido a partir de agora. Já assinou para gravar o novo Star Wars. O elenco foi muito bem escalado, e todos estão bem em seus papeis. Menção honrosa para o pai de Tim, vivido por Bill Nighy. Sempre quando aparece em cena ele dá show.

O Filme passou sem grande estardalhaço pelos cinemas, mas, sem duvida ele merece ser visto e apreciado.