Sobre Livros e Homens Sem categoria by Leonardo Agrelos - 11/05/201418/09/20142 Um dia, eu aprendi a ler. Não a leitura que se aprende na escola, não a leitura por necessidade. Um dia eu aprendi a ler por prazer.Foi em um verão. Férias escolares e amigos (os dois que eu possuía) viajando. Descobri um livro, emprestado por uma tia. Esse livro me levou à biblioteca municipal, de onde nunca mais saí.Desde aquela época, passei a imaginar o céu como uma infinita biblioteca. Desde aquela época passei a adorar livros, e não é apenas o ato de ler em si, mas os livros e sua companhia durante os dias. Hoje penso que livros são melhores que pessoas e que pessoas que gostam de livros querem e podem se tornar melhores (a menos que você só leia coisas como Crepúsculo, 50 Tons de Cinza e Toda sua… aí você só pode estar de sacanagem). Um dos meus maiores sonhos é poder trabalhar em uma biblioteca. Inclusive, quando a pressão é muito grande, as pessoas são muito complicadas e as tarefas são impossíveis de cumprir em meu trabalho (sou gerente em uma escola pública), eu costumo dar uma fugida até a biblioteca. Estar entre as estantes, folhear os livros, sentir os cheiros característicos que os livros antigos possuem, sentir o cheiro que os livros novos possuem, a textura das HQ’s, ver a minhas doações, sentir o peso dos tomos nas mãos. Isso sempre clareia minha mente e liberta esta alma que vos escreve por alguns momentos das aflições dos mortais. Enfim, como disse eu passei a imaginar o céu como uma infinita biblioteca. Uma das pessoas que mais tenho inveja, ou respeito, ou admiração (não sei definir direito) é meu amigo Fred Souza. O cara TRABALHA numa biblioteca (fora que é todo envolvido com cultura em uma cidade em que poucos ligam para isso). Quando era mais novo sempre estava lá (na época ele não estava lá ainda), li toda a série vaga-lume, toda a coleção da Agatha Christie, todos os livros do Júlio Verne, hoje vou pouco à biblioteca municipal. O trabalho consome muito tempo e a biblioteca ficou fora de mão, além de que formei minha própria biblioteca… mas não dá para simplesmente não ir e sempre que posso estou lá, revendo os livros que conheço tão bem, e eventualmente doando algo de meu acervo particular. Definitivamente eu trocaria meu trabalho por poder trabalhar em uma biblioteca… mas enquanto isso não acontece, eu as frequento, construo a minha própria e escrevo sobre o que leio para o Pupilas em Brasas. É isso. Leia, você também, quem não lê, morre um pouco mais a cada dia. Related PostsCriticas de filmesChegou a hora de você participar.Crítica – O Porco de GazaPupilas em Brasas #190 – Não Olhe Para Cima: Cuide!Assista ao novo trailer de Creed, Spin-off de RockyAs Crônicas Marcianas Share on Facebook Share Share on TwitterTweet Share on Pinterest Share Print Print