Crítica – A Menina que Roubava Livros

Esse filme poderia facilmente estar na seção Prateleira de Baixo. O simples fato de ser baseado em um Best Seller, já o torna conhecido e esperado. Como não li o livro, me limitarei em julgar apenas o filme.The_Book_Thief_2013_Movie_

A estória segue a vida da órfã Liesel Meminger, uma garota de apenas nove anos, que por motivos escuros, é deixada pela sua mãe. Em Munique, é adotada pelo simpático Hans Hubermann (Geoffrey Rush) e sua fria esposa Rosa (Emily Watson). Liesel se mantém arisca com todos ao seu redor. A partir do momento que ela vai se soltando a 2º guerra mundial começa. Não bastasse a dificuldade da família em lidar com os obstáculos da guerra, seu pai adotivo abriga um jovem judeu em sua casa. Rapidamente vemos uma amizade crescer entre a órfã e o judeu.

A-Menina-que-Roubava-Livros-pôster-final-USE-ESSEAlém de ser uma adaptação de um famoso livro, o que chama a atenção é a 49º indicação ao Oscar de  John Williams. Não pela beleza da trilha, mas por total incompreensão de sua indicação. Williams está velho e me parece que sua inspiração já o deixou. Vale lembrar os seus recentes trabalhos: Lincoln e Cavalo de Guerra. Trilhas que, em minha opinião, não passaram a força que outrora a sua composição exercia.

O diretor Brian Percival parece ser um grande fã de Spilberg. Além de escolher John para assinar a trilha do filme, a palheta de cor e o ritmo da estória lembram A Lista de Schindler e Cavalo de Guerra, respectivamente. Apesar de não conseguir gerar com maestria a empatia pelos personagens, como faz Spilberg, e nem ser profundo e urgente como acontece em O Resgate do Soldado Ryan, a construção da amizade de Liesel e seu amigo Rudy Steiner é bem feita e funciona. Vemos também um bom arco de amizade sendo construído entre ela e seu pai adotivo. Emily Watson cai bem interpretando a ranzinza mama.

Perceba que alguns personagens são mal explorados e muito superficiais, mas sabemos que essa transposição de livro para filme é realmente complicada. No mais, a narração gera um ótimo contra ponto entre morte e vida. E apesar de não ser um filme profundo, ele consegue mexer com os mais sensíveis.

Leonardo Agrelos
Se acha um host, mas não sabe houstear. Se acha um podcaster, mas tem a linguá presa. Se acha um nerd, mas nunca terminou de ler O Senhor dos Anéis. Se acha um escritor, mas sempre procura no Google como se escreve impeachment. Entre tantos achismos uma certeza, a de que tem que melhorar como pessoa para parecer menos com um babaca.
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