Assisti Superman – Man of Steel com 1 milhão de receios.

Desde Christopher Reeve, não havia surgido 1 único Superman que prestasse. Nem mesmo os das séries. Principalmente os das séries.

Mas mesmo assim, eu precisava assistir, para ter certeza. De que nunca mais teríamos um Homem de Aço que valesse a pena, ou que podíamos ter esperanças.

Minha primeira reação foi de pânico, ao ver como ZackSnyder retratou Krypton. Era um planeta estilo Nosso Lar, de Chico Xavier, com dinossauros voadores e com conselho consultivo ao estilo Guardiões da Tropa Lanterna Verde misturado com os anciões de 300.

Aquilo me incomodou muito. E ainda não sabia por que.

Mas quando vi Rus
sell Crowe, em ação como Jor, filho de El…(Jor, filho de Deus), comecei a me animar. É impressionante a capacidade que Crowe tem de entrar dentro de seus personagens. Já escrevi aqui neste site, sobre isso. Ele se torna realmente o personagem. Ele É o personagem. E em Man of Steel, Jor-El tem atuação fundamental como o mentor espiritual de Kal-El, que viria a se tornar Superman. Uma atuação que teria deixado Marlon Brando fazendo beicinho.

Por falar em mentores, é impossível não falar na comovente atuação de Kevin Costner como Jonathan Kent, o pai adotivo de Kal-El. Ele não só lhe dá o sobrenome e o amor de pai. Ele lhe dá as diretrizes de quem será o Superman. Se Jor- El é o mentor espiritual, aquele que lhe concede a missão de ser a esperança de um mundo onde ela (a esperança), é tão rara, foi Jonathan quem lhe ensinou sobre os caminhos que uma decisão percorre. Foi ele quem lhe mostrou o tipo de homem que se deve ser para sobreviver neste mundo sem negociar seus princípios. Jonathan foi o mentor moral de Kal-El. Foi quem lhe ensinou como lidar com a missão. O que fazer para que um dom não se transforme em maldição. E ensinou isso até o último segundo.

Bastante oportuna também a forma como Kal-El e Lois Lane se relacionam. Ela sabe desde o princípio sua identidade. Ela sabe quem ele é. De onde veio. Por que está aqui. Quem é Zod. Que diabos, ela luta lado a lado com Jor-El. Uma mulher de personalidade, sem aquelas frescuras feministas que TODAS as LoisLanes da TV e do cinema tiveram. Uma mulher íntegra acima de tudo. Uma outra mentora de Kal-El. Pois ela mostrará a ele, quem são os humanos, na verdade. E como conviver com eles.

Uma nota a mais para aplaudir a interpretação de Laurence Fishburne como Perry White. A atuação do personagem mostra que com os devidos exemplos, podemos ser sim, heróis também. A cena da destruição de Metrópolis e de como ele volta para resgatar uma funcionária sua, prova isso.

A nota destoante fica por conta do General Zod. Esperava um vilão mais irônico (e icônico) como foi o de TerenceStamp, no 2º filme da franquia Reeve (o melhor dos 4 filmes). O que vi, foi um homem motivado pela raiva de quem perdeu sua missão. Nisso podemos tirar uma lição também. Como agimos, quando não há mais pelo que lutar? Mas a atuação ficou um pouco além da irritação juvenil. Ponto negativo para mim.

E foi ao se encerrar o filme com o olhar cúmplice de Lois e Clark no Planeta Diário, que entendi, que as mudanças incomodam a princípio. Mas se você abrir bem os olhos, pode enxergar a beleza escondida. E é assim com Superman – Man of Steel. Uma beleza incontestável, com atuações absolutamente convincentes. Esim, Henry Cavill está aprovado como o novo Kal-El. Chupa, BrandonRouth!!!

P.S.: A Diane Lane faz a mãe de Clark Kent, Martha Kent. Essa mulher envelhece e não cansa de ficar linda? Até fazendo uma velha? Ai, meu coração!