Boyhood

Doze anos resumindo em três horas de filme. Não teria problema se fosse mais. A sensação que fica é de querer acompanhar mais a vida de Mason Jr.boyhood-poster

O diretor Richard Linklater adora se meter em projetos longos. Quando eu digo longos eu quero dizer anos!  É como um fetiche, acho que é mais forte do que ele. Para quem não lembra, Richard é o diretor/roteirista da trilogia  Antes do Amanhecer, que conta a historia, em três filmes, de um relacionamento amoroso que perdura por vinte anos. Cada filme é uma fase do relacionamento. Ótimos filmes por sinal.
Em Booyhood, Linklater roteiriza a história de pequeno Mason. O menino vai crescendo no decorrer do filme e as lembranças mais vívidas são representadas, desde a infância até a juventude. Filhos de pai separados, Mason (Eller Coltrane) e sua irmã (Lorelei Linklater, por sinal, filha do diretor) vive com a mãe que luta sozinha para sustentar os filhos. Nesse interino, acompanhamos o pai (Ethan Hawke, parceiro antigo do diretor) tentando compensar sua ausência com vários momentos de carinho. As cenas com o pai são as mais emocionantes.
Booyhood é um ótimo exemplo de que você não precisa ter um história incrível e grandiosa para fazer um bom filme. Para ter um bom filme só é necessário contar uma boa história. São poucos os diretores que conseguem fazer isso. Justamente por isso, Boyhood merece cada indicação ao Oscar.
Opinião Pupilas em Brasas: Não importa a sua idade, você vai se identificar com a saga de Mason Jr.ellar-coltrane-boyhood
Leonardo Agrelos
Se acha um host, mas não sabe houstear. Se acha um podcaster, mas tem a linguá presa. Se acha um nerd, mas nunca terminou de ler O Senhor dos Anéis. Se acha um escritor, mas sempre procura no Google como se escreve impeachment. Entre tantos achismos uma certeza, a de que tem que melhorar como pessoa para parecer menos com um babaca.
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