Saudações Marvetes e Marvetas de plantão….

Primeiramente desculpe pela ausência. Ultimamente não tem sido fácil produzir as análises, a também confesso que não são todos os números da coleção que tem potencial para ser comentado aqui. Mas estamos de volta!!

Bom, se você tem lido essas críticas sabe que vira e mexe eu cito de alguma forma a saga Guerra Civil. Sim, ela foi uma das mais, se não a mais importante saga Marvel, pelo menos nos anos pós 2000. Mas pra entender o contexto da história, o importante seria entender alguns pontos, e nisso a Salvat acertou na escolha dos volumes que compõem essa coleção, pois nela tem a maioria das histórias que compuseram o plano de fundo da Guerra Civil, como Vingadores – A Queda, Planeta Hulk e agora com Dinastia M.

Essa última explica um pouco o porque da ausência mutante na Guerra Civil. A história segue os eventos de Vingadores – A Queda em que os heróis mais poderosos da terra sofrem um ataque terrível de um de seus próprios membros, Wanda Maximoff, a Feiticeira Escarlate. Wanda é uma mutante, filha de Magneto, cujo poder é alterar a própria realidade. Após uma série de eventos traumaticos ela sofre um colapso e explode a mansão dos vingadores, matando Clint Barton, o Gavião Arqueiro, Scott Lang que era o Homem Formiga vigente, e seu próprio marido, o sintozóide Visão.

Após os eventos dessa saga os Vingadores são dissolvidos, somente voltando a ativa posteriormente com uma nova formação conhecida como os Novos Vingadores e Wanda fica em observação na devastada terra de Genosha, por seu pai.

 

 
Quando os X-Men e os Vingadores (novos e velhos) são confrontados com a decisão sobre o futuro que deveriam dar a Wanda, devido ao risco que sua existência representava, um misterioso evento ocorre e tranforma o mundo conhecido em uma utópia em que os mutantes são maioria e os humanos são os perseguidos. Aparentemente é uma realidade em que todos os heróis tem consigo o que sempre desejaram. E, fazendo lembrar da clássica história Dias de um Futuro Esquecido, apenas o Wolverine tem uma pista do que está ocorrendo. Se você quiser saber o que acontece depois aconselho fortemente que corra e adquira o seu volume.

Assinando o roteiro temos o consagrado Brian Michael Bendis e na arte o francês Oliver Coipel. O roteiro e a arte são totalmente cinematográficos, com diversos elementos visuais e uma narrativa rica em detalhes que prendem o leitor.

Algo que não há como não fazer relação é com obras de ficção científica como Matrix. Obras em que existe uma simulação de realidade adaptada ao que o indivíduo deseja viver. São obras que te levam a imaginar se vc tivesse o mesmo tipo de escolha, viveria em um mundo que soubesse ser uma ilusão ou iria preferir viver na realidade não importando o quão dura ela fosse?

De certa forma vivemos esse dilema em nossas vidas. Você tem a escolha de viver da forma que desejar. Num mundo de ilusão, que todos nós sabemos que existe, ou se buscamos entender e saber a verdade. Só cabe a cada um de nós, diariamente refletindo em cada escolha que se faz. Faço isso por um uma ilusão, ou consciente da verdade, do grande contexto existente por trás de tudo?
Até a próxima lenda!