Cinegoga#15.1 – Creed: Seu pior inimigo

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No sétimo filme da franquia Rocky Balboa, Adonis Johnson, Michael B. Jordan, é o filho do famoso campeão do boxe Apollo Creed, que morreu em uma luta no quarto filme da sequência. Adonis não havia nascido até a morte de seu pai, e quer seguir os passos dele no boxe. Para isso ele procura um mentor para treiná-lo, o ex-campeão do boxe e antigo amigo de Apollo, o aposentado Rocky Balboa, interpretado por Stallone.

Rocky eventualmente concorda em ser o mentor de Adonis, e com sua ajuda eles esperam conseguir títulos enfrentando oponentes ainda mais mortais que seu pai. Mas a grande dúvida que paira sobre Adonis é: Será que ele fará um legado à altura do nome de seu Pai?

Os núcleos de roteiro do filme apresentam a luta de cada um dos personagens em sua profundidade, sem tirar o foco central da ação. Bianca, namorada de Adonis, está perdendo sua audição, Rocky está terminalmente doente, e Adonis se recupera de uma difícil infância marcada pela morte do pai enquanto busca fazer um nome para si mesmo.

Ninguém assiste a um filme de boxe por causa dessas temáticas, mas é justamente tudo isso combinado que torna o filme tão profundo e motiva de forma tão assertiva o personagem principal a travar suas batalhas como quem luta contra a morte.

Ao assistir ao filme, duas situações me chamam muito a atenção e eu quero compartilhá-las com vocês agora para fazermos nossa reflexão.

A primeira delas se dá em um diálogo entre Balboa e Adonis. Em uma conversa motivacional na academia onde eles treinam, Rocky posiciona o filho de Apollo em frente a um espelho e apontando para o reflexo diz: “Está vendo esse cara te olhando de volta? Esse é o adversário mais difícil que você terá de enfrentar. Eu acredito que isso seja verdade no ringue, e acredito que seja verdade na vida também”.

É interessante que o apóstolo Paulo concorda drasticamente com essa afirmação. Explicando sua condição pecaminosa e a natureza caída de Adão que habita nele. Em Romanos 7 ele vai dizer que em seu íntimo ele quer ser bom e obedecer a Deus, mas ele acaba fazendo aquilo que é mal e que não quer fazer. Desesperado por sua condição ele ainda brada, “Maldito homem que sou, quem vai me livrar de mim mesmo?”.

Felizmente, o próprio Paulo conclui o capítulo 7 com a solução para esse problema, mas essa conclusão fica para o próximo episódio. A gente se encontra lá.

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Leonardo Agrelos
Se acha um host, mas não sabe houstear. Se acha um podcaster, mas tem a linguá presa. Se acha um nerd, mas nunca terminou de ler O Senhor dos Anéis. Se acha um escritor, mas sempre procura no Google como se escreve impeachment. Entre tantos achismos uma certeza, a de que tem que melhorar como pessoa para parecer menos com um babaca.
http://pupilasembrasas.com.br
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