[ANIME] Crítica – One Piece Anime Blog Críticas by Adriano Toledo - 06/07/20161 Saudações nipônicas! A indústria dos Animes e Mangás movimenta muitos milhões de Yens no Japão anualmente. É seguro dizer que talvez o mangá seja uma das mídias mais difundidas no país, por lá quadrinhos nunca teve o estigma de ser algo puramente para crianças e adolescentes. Lá a população inteira consome mangás, nas conhecidas revistas semanais, que mais parecem listas telefônicas, e reúnem capítulos de diversas obras. A mais conhecida é sem dúvida a Shonen Jump, que tem o foco no público jovem masculino, porém há revistas para meninas, donas de casa, adultos e até para pessoas em idade mais avançada. Algo comum é ver essas revistonas deixadas pra trás nos trens e metrôs, elas são bem descartáveis. Mas dentro dessa indústria de tempos em tempos surge um fenômeno de vendas. À uns anos atrás foi Dragon Ball, fenômeno de popularidade e vendas. Mas hoje em dia, e desde de alguns bons anos, o maior fenômeno de vendas de mangás no Japão é One Piece! Pra se ter uma ideia One Piece detém o recorde de mangá mais vendido de todos os tempos, acumulando a marca de 380 milhões de volumes vendidos, sendo que o segundo lugar, Golgo 13, acumula 280 milhões (mas está sendo publicado à 47 anos, então meio que natural né) e o terceiro, um certo Dragon Ball, 230 milhões. One Piece é um mangá escrito por Eichiiro Oda, que foi pupilo de outra lenda dessa mídia, Nobuhiro Watuski, o autor de Rurouni Kenshin (ou Samurai X, como ficou conhecido aqui) desde de 1997, e ainda ativo. Conta a história de um garoto chamado Monkey D. Luffy, ou apenas Luffy do Chapéu de Palha, em seu caminho para encontrar o lendário tesouro do Rei dos Piratas Gol D. Roger, o One Piece, se tornar o novo Rei dos Piratas. Parece simples né, de certa forma é simples, e ao mesmo tempo não é. O que One Piece tem de tão especial para chamar tanta atenção? Pelo menos no Japão já que no ocidente Luffy e sua turma nunca conseguiu chegar perto da popularidade atingida por Goku e companhia. Confesso que antes de parar para ver One Piece nunca achei a perspectiva de ter um protagonista com um poder aparentemente tão bobo não parecia atrativa, além daquela estética visual mais puxada para um lado cartunesco e colorido. Bom, já adianto que sim, eu venci a resistência inicial e posso dizer que One Piece é o meu anime favorito entre todos (Desculpem me os Cavaleiros de Athena…). Nessas últimas semanas tenho escrito sobre autores que sabem escrever e criar personagens carismáticos, mas Oda-Sensei, se supera nesse quesito acima de todos os outros autores do gênero. One Piece tem dezenas de personagens secundários, e com o passar das sagas você passa a gostar tanto ou odiar tanto cada um deles, outros você sente um pouco de cada sentimento. Tem muito sentimento e aprofundamento na história pregressa dos personagens principais que faz você se importar com as decisões e todas as ações que eles tomam, e como a história deles vai se desenrolar. Em uma história que trata principalmente sobre piratas você pode pensar que as tramas giram em torno de traições e atos vis. Isso até existe na série, mas não nos protagonistas, o Bando do Chapéu de Palha, formado pelo protagonista Luffy, o caçador de piratas Zoro (meu personagem de animes favorito), Nami a ladra navegadora, Usopp o atirador mentiroso, Sanji o cozinheiro mulherengo. E esse foi o grupo que acompanhamos por uma boa parte do anime, até eles entrarem em uma nova fase da história, a Grand Line, um pedaço do mar que era mais perigoso mas também cheio de oportunidades para o grupo se unir e se desenvolver. Foi na Grand Line que os outros membros do bando entraram, Tony Tony Chopper uma rena que fala como humano e é um médico de mão cheia (e fofinho ou como os otakus dizem KAWAII!!), Nico Robin a arqueóloga que começa como uma capanga de um dos grandes vilões da série, o ciborgue mecânico e construtor de navios Franky e por último veio talvez o mais bizarro, o esqueleto vivo e músico Brook. O que faz dos personagens interessantes e poderosos no mundo de One Piece são as Akuma no Mi, as frutas do diabo, objeto de desejo e envoltas em mistério. Ninguém sabe a origem delas, só se sabe que quem come ganha uma habilidade, aparentemente aleatória e muitas vezes bizarra. No grupo de Luffy temos o próprio protagonista que comeu a Gomu Gomu no Mi, que o deu ao seu corpo propriedades de borracha, Chopper que era originalmente uma rena comum mas comeu a Hito Hito no Mi, a fruta da humanidade que o transformou em metade rena metade homem (eu sei, bizarro), Nico Robin ganhou o poder de multiplicar seus membros como flores desabrochando através da Hana Hana no Mi e finalmente temos o falecido Brook, o esqueleto que havia comido a Yomi Yomi no Mi, a fruta da ressurreição, e depois de 50 anos ele voltou a vida como um esqueleto falante, ou cantante… Porém os outros personagens que não tem poderes sobrenaturais pode ser tornar tão forte quanto graças ao Haki, outro poder que se assemelha a uma poderosa força de vontade que confere certos poderes aos seus usuários. Como eu disse acima os protagonistas tem ricas histórias pessoais e motivações especiais. Eles mesmo não se consideram heróis. Nas palavras de Luffy, ele não é um herói porque heróis compartilham sua comida, e ele não compartilha sua comida com ninguém. Isso na verdade quer dizer que os personagens de One Piece são diferentes dos heróis que talvez estejamos acostuamos. Eles não são perfeitos, tem seus defeitos, as vezes muitos, mas uma linha guia que os direciona pela história inteira. O Companheirismo. A série se pauta em quase sua totalidade na importância que deve ser dada aos amigos, aos companheiros, por mais problemáticos que possam ser. Creio que essa é a maior lição que sempre se tira de quase qualquer shonen, mas em One Piece é muito forte. Diria que dois momentos em que isso fica mais bem demonstrado e emociona a muitos é, primeiro quando o bando do chapeu de palha vai atrás de libertar um de seus membros de ninguém menos do que o governo mundial, praticamente declarando guerra contra o mundo inteiro em nome da amizade e do companheirismo. O outro é quando Luffy vai atrás de seu irmão que está para ser executado, move meio mundo e muita gente em sua empreitada e nisso ele consegue entrar e sair da mais fortificada prisão do mundo. Pode parecer um clichê sem tamanho mas, sem esse direcionamento seria impossível termos One Piece. O mote se enquadra muito bem, e Oda leva a história de um jeito que não permite que fique piegas demais. |É impossível você não se importar e não torcer pelos personagens nesses tipos de momento. E é impossível não pensar na sua própria vida e nas suas amizades. Te leva a pensar se você tem sido tão leal assim aos membros do seu “bando”. Enfim, uma obra geralmente não faz tanto sucesso sem ter seu valor e One Piece tem muito valor, pode acreditar. Eu sou muito suspeito pra falar pois tenho acompanhado One Piece por um bom tempo e posso dizer que não me canso. Minha única crítica é contra um traço em comum nos animes de shonens longevos, a enrolação dos episódios do anime em relação ao mangá… Infelizmente isso está presente em boa parte das obras. Mesmo assim eu recomendo fortemente One Piece para todos. Veja aí a clássica primeira abertura do anime: We Are! Related PostsPupilas De Segunda #86 – Filmes dos anos 80Netflix libera primeiro trailer de Demolidor!Verdades e Mentiras sobre o filme Êxodo: Deuses e Reis.Pupilas em Brasas #71 – Whiplash – A Obsessão do Jovem EUPodcast 20# Cultura Pop – O Papa é PopNovas imagens de Guerra Civil mostram primeiras imagens do Pantera Negra Share on Facebook Share Share on TwitterTweet Share on Pinterest Share Print Print