Crítica – Ender’s Game – O Jogo do Exterminador

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Ender’s Game – O jogo do Exterminador (2013) é uma adaptação de uma obra literária lá dos idos de 1977, escrita por Orson Scott Card (que nasceu em Washington em 1951) e que foi dirigida por Gavin Hood (de X-Men Origens: Wolverine). Sua história acontece em nosso futuro (2170) quando a Terra sobreviveu a ataques de uma raça alienígena insetóide chama Formics e em consequência disso, a Esquadra Internacional mantém uma escola para preparar soldados e comandantes para defenderem a Terra de uma futura terceira invasão.

Acontece que os melhores guerreiros são as crianças (devido a alguma desculpa qualquer que não me atentei) que são levadas ao espaço muito cedo e são treinadas em um ambiente muito específico e cruel para a sua idade. É ai que entra Ender, o protagonista da história que se destaca entre os demais e começa a galgar a carreira militar. Sobre a história em si, pararei por aqui, pois apesar de ser um livro já antigo, ele é praticamente desconhecido do grande público e a adaptação cinematográfica é muito recente no Brasil. Aliás, esse filme foi, em minha singela, humilde e sempre correta opinião a melhor adaptação de livro para os cinemas dos últimos tempos.

O visual do filme encanta, não empolga, mas encanta. O filme segue uma linha bem contemplativa e levanta questões morais e filosóficas MUITO interessantes como por exemplo o entendimento do inimigo como um ser que pode sentir e amar (Ender possui uma frase emblemática onde ele diz  que para vencer o inimigo ele precisa entende-los, mas quando ele os entendo, então ele os ama, e isso é tremendo), outra questão é a sempre presente tese de que para acabar com as guerras é necessário que se faça guerras. Além de questões como família, vergonha, superação, traição, medo e empatia.

Ender’s Game usa a sabedoria da ficção. Muita gente não consegue entender que a ficção (ou, a arte da ficção de modo geral) não fala de futuro, robôs e de como será vida (ou falta de) no futuro; a ficção fala do ser humano no presente. A ficção fala do hoje e ser humano de hoje, valendo-se de objetos e tramas futurísticas.

Asa Buttefield não empolga como Ender, mas isso é totalmente passável… agora… Harrison Ford… meu querido, que interpretação foi essa?! O que é que foi? Tava precisando pagar o aluguel e teve de trabalhar forçado? É isso? Pode falar pra gente, deve de ter um monte de fã por aí que adoraria fazer uma vaquinha para te ajudar, mas não faz mais isso não!

O filme tem dois plot twists no final dos quais, um fica melhor no livro e; por fim, resta-me dizer que a dublagem não me agradou e eu recomendaria que você procure assistir a versão legendada.

Então é isso. Minha nota para Ender’s Game – O Jogo do Exterminador é 8.5 canhões da Estrela da Morte!

Leonardo Agrelos
Se acha um host, mas não sabe houstear. Se acha um podcaster, mas tem a linguá presa. Se acha um nerd, mas nunca terminou de ler O Senhor dos Anéis. Se acha um escritor, mas sempre procura no Google como se escreve impeachment. Entre tantos achismos uma certeza, a de que tem que melhorar como pessoa para parecer menos com um babaca.
http://pupilasembrasas.com.br
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