Porco Rosso (Kurenai no Buta, 1992, Studio Ghibli) é 11° filme do Studio Ghibli, filme de Hayao Miyazaki com música Joe Hisaishi. Pronto só isso é o suficiente para você ir correndo ver o filme. (Pelo menos se você tiver lido meus textos sobre O Serviço de Entregas de Kiki, Meu Vizinho Totoro e Princesa Mononoke).

Não vou falar novamente como Miyazaki e Hisaishi fazem uma combinação estrogonoficamente fantástica em questão de animação com música arrebatadora e a capacidade deles de arrancar seu coração do peito, mas de forma boa. Não vou falar disso novamente.

Porco Rosso traz a amor de Hayao pela aviação em uma história romântica clássica. Porco é um aviador que tem um código de ética, um romântico a moda antiga, alguém que foi amaldiçoado e por isso virou um porco e que de certo modo aprendeu a viver com isso. Porco é aquele herói meio anti-herói (que agora amamos tanto) cujo tempo está passando, cujo o mundo de sua época não é mais “digno”. Porco é uma pessoa que está vendo o mundo mudar e seus dias passarem.

A história, ao contrário das demais que já falei aqui, não está repleta da cultura oriental e sim nos apresenta um pouco de uma Europa um tanto quanto caricata, com um plot que parece leve e superficial, mas que contém camadas de significado que pedem que vejamos o filmes algumas vezes, e cada vez ele fica melhor.

Miyazaki brinca (será que é brincadeira? Fica a cargo de você decidir) com como o herói é tão galante, mesmo sendo um Porco e traz cenas tão emocionais que deixam o espectador… emocionado… (OK, capitão óbvio ataca novamente).

Porco Rosso é para mim um dos filmes que fazem parte do que eu chamo de “A Trindade Do Miyazaki” que é composta por Porco Rosso, Princesa Mononoke e o melhor, maior e mais fantátisco lindo e comovente de todos Nausicaä Do Vale do Ventos (que um dia falarei aqui).

Minha nota para Porco Rosso – O último herói romântico são 10 hidroaviões.