Como um bom fã nostálgico da saga dos guardiões do universo que hão de vencer o mal (e seu destino… ahem, enfim), não pude deixar de comparecer à nova iteração dos cavaleiros de Athena nas telonas.

Em 2014, comemorando 40 anos de sua criação, Masami Kurumada produz e roteiriza um “reboot” em longa metragem de computação gráfica do mais famoso arco de Saint Seiya – As Doze Casas – Em parceria com os mesmos realizadores dos filmes em CG da série Final Fantasy. Guarde bem esse informação e vamos lá.

Bom, primeiramente, todo o fã deve entrar na sessão com a cabeça feita de que é uma adaptação. Mais ou menos uma hora e meia de película para retratar uma saga de mais de 50 episódios do anime, e diversos volumes de mangá. Ou seja, existem muuuuitas diferenças, algumas drásticas. Mas a essência do que você viu na TV Manchete está lá. As personalidades dos personagens, quase todas as lutas tem o mesmo conteúdo e resultado. Sinceramente não me incomodei tanto com a adaptação da história, com algumas exceções, mas não vou entrar em detalhes spoilerísticos.

O que realmente choca é em relação a identidade visual da produção. Isso sim está bem diferente… Para a melhor e, na minha opinião, também pra pior. O filme tem alguns exageros nipônicos bizarros que julgo totalmente desnecessários (com direito a número musical), que levam a sequencias que poderiam ter sido melhor aproveitadas de outras formas, seguindo mais o original. Diria que em alguns momentos vira um Final Cavaleiros Fantasy (lembra que comentei sobre os produtores né…). Mas nos acertos do visual estão as lutas muito melhor coreografadas que no original, e potencializando alguns momentos memoráveis na saga original.

Outro ponto que deixou muito a desejar foi a trilha sonora, ou a falta dela. Se tivessem usados versões, trechos ou qualquer coisa que remetesse a trilha clássica, alguns momentos seriam épicos. Mas o filme acaba sofrendo com uma trilha . O que falta na qualidade da trilha, sobra na qualidade de sempre na dublagem da Dubrasil, sempre responsável por de Cavaleiros no Brasil, mantendo ao máximo os dubladores clássicos como Hermes Barolli, Gilberto Barolli, Élcio Sodré, Ulisses Bezerra, Leonardo Camilo entre outros…

Enfim, Os Cavaleiros do Zodíaco – A Lenda do Santuário é sim obrigatório para os fãs de carteirinha, até para você tomar posição sobre a obra. Eu gostei mas dou um 7 de 10, pois sou chato com Cavaleiros e se dependesse de mim o filme seria bem diferente…

 Adriano Toledo