Podcast: Play in new window | Download

Subscribe: Pandora | Deezer | RSS | More

Peter Jackson não consegue resolver todos os problemas que ele criou na Desolação de Smaug, mesmo assim, conseguiu deixar uma certa tristeza pelo adeus.Logo nos primeiro dez minutos de filme fica claro perceber o quão equivocado foi deixar o arco do Smaug aberto para o terceiro filme. Além de estragar, o mais do que questionável Hobbit 02, o ato desentoa com o restante do filme. Parece que assistimos aqueles curtas da Pixar antes de fato assistirmos o longa.

Por falar em longa, eu já deixei clara a minha opinião sobre três filmes. O Hobbit poderia ter três filmes, desde que fossem três filmes de 90 minutos. Eu sei, impossível para Peter. Eu, como fã, adoro ver um pouco mais sobre a Terra-Média, mas confesso que na versão estendida do Senhor dos Anéis eu fiquei meio saturado. O problema nessa nova trilogia, assim como aconteceu com George Lucas nos episódios 1,2 e 3 de Star Wars, é não ter ninguém para podar o menino que gosta de filmar. E, para filmar, Peter Jackson não tem preguiça.

O acréscimo de Guillermo del Toro na produção e roteiro se mostrou equivocada durante esses três anos.A trinca de sucesso, Phillipa Boyens, Peter Jackson, Fran Walsh não conseguiu encontrar equilíbrio com a presença de del Toro.

Quando eu pensava Na Batalha dos Cinco Exércitos eu imaginava que Peter teria a chance de remendar todas as besteiras do filme anterior. Mas ao invés de ignorar seus erros a produção opta por investir nas falhas. Temos mais tempo de película em situações desinteressantes. E talentos como Martin Freeman e Ian Mckellen acabam perdendo espaço.

Porém, nem tudo é ruim. Peter Jackson continua sendo o SENHOR das batalhas. Elfos e anões lutando na mesma frente de batalha é incrível! A direção de arte é intocável. Cada soldado com a sua armadura, cada troll com o seu equipamento. Adornos funcionais. Características distintas em cada ork. Até a maneira diferente de locomoção chama atenção. O magnânimo Rei dos elfos da floresta é estonteante. Em vários momentos você esquece o jeito afeminado do “L’Oréal Elfo Paris” e admira a sutileza elfica em batalha. E, é claro, temos Legolas fazendo legolices.

O filme consegue se salvar e, de quebra, salva toda a trilogia, apesar dos fãs de Tolkien e Peter Jackson merecerem um adeus mais digno do que nove medianas horas na Terra-Média.

Ficou com saudades do Hobbit? Que tal ouvir o nosso podcast sobre o senhor Bolseiro? Embarque conosco nessa aventura, aperte o player e saia do seu Condado.