[CINEMA] X-Men: Apocalipse Blog Cinema Críticas by Leonardo Agrelos - 20/05/201620/05/20160 Parece que é a sina dos filmes de heróis, o terceiro filme é sempre o pior da trilogia. Mas calma, não chega a ser um Spider Man 3. Bryan Singer pela quarta vez senta na cadeira de diretor da franquia dos mutantes. Mesmo sendo, reconhecidamente, um excelente entendedor da mitologia, ainda é sentida a falta de Matthew Vaughn (X-Men: First Class) diretor responsável por dar novo fôlego à franquia. Dessa vez Magneto não é o vilão do filme. Podemos considerar isso como um avanço na saga. Apocalypse é o responsável pela destruição e caos. Formando um pequeno esquadrão de destruição, chamado de Os Quatros Cavaleiros do Apocalypse, entre eles, Magneto, o filme se desenrola com o vilão querendo purificar o mundo e alcançar mais poder. Existem algumas coisas a serem consideradas nos filmes de heróis. Haverão clichês. Haverá frases de efeito. Alivio cômico e alguns artifícios simples e práticos de roteiro. Não vejo problema nisso. Afinal, na maioria dos casos esses filmes são para entreter e divertir. O problema é quando esses elementos obrigatórios, nesses filmes, são maus costurados. Se alguma coisa tira sua imersão na história, por mais fraca que seja a história, eu vejo como uma grave falha. Infelizmente acontece em vários momentos em X-Men Apocalypse, não tanto como em BvS é verdade, mas acontece. Alguns personagens merecem um parágrafo inteiro. Vou comentá-los sem spoiler. Tempestade: Ela aparece. Seus poderes são bem usados nas cenas de lutas, mas, mais uma vez fica com a sensação de que poderia ter sido mais explorada. Assim como na trilogia original. Anjo: Entra mudo e sai calado. Foi escolhido pelo visual. Não tem outra explicação. Psylocke: Muita beleza e pouca motivação. Quiseram mostrar uma personagem misteriosa e enigmática, mas a única justificativa é por ela não falar muito. Sério mesmo? Podia ser mais. Pelo menos o visual dela é ótimo, assim como nos quadrinhos. Funcionou muito bem. Jean Grey: Inexpressiva e sem carisma, assim como a Sansa Stark Noturno: Trocaram o drama pelo alivio cômico. Ciclope: Finalmente teve o espaço que merece. Esse Scortt vai crescer como personagem. Carisma tem de sobra. Sua inconseqüência juvenil é algo que anima acompanhar a sua evolução até se tornar o líder dos X-Men. Fera: Mais uma vez como Dr. Bugiganga. Mercúrio: O poder melhor representado. Assim como no segundo filme, são as melhores cenas. É igual ao Dias de um Futuro Esquecido. Mais ainda assim é bom. Mística: Começamos a falar do elenco estrelado do filme. Para aproveitar isso temos mais de Jennifer Lawrence do que Mística. Temos que entender uma vez por todas que essa Mística é completamente diferente do que a do desenho/HQ. Talvez seja o personagem mais incoerente desse filme. Ela se coloca como líder dos X-Men, mas sua presença é totalmente desnecessária na história. Ou seja, nada que ela faz ou deixa de fazer mudaria o rumo da história. Xavier e Magneto: O conflito de interesses novamente está no meio da amizade deles. Magneto tem uma boa justificativa (como sempre) para despertar seu ódio contra os humanos. Xavier é sempre da turma do “deixa disso”. Mas é impressionante como os dois atores sustentam o tom dramático do filme. Quando eles interagem parece que o mundo para e você consegue senti-los. Sua dor, suas angustias, suas lutas. Fassbender pode fazer o que quiser. Ele entrega o seu melhor em todas as cenas. Coisa linda de se ver. Apocalypse: Começa com conceitos interessantes de divindade e purificação da humanidade. Levanta ótimos argumentos filosóficos para no terceiro ato virar um lançador de fireballs. Os X-Men: Não existe equipe. Parece que é cada um por si. Isso pode ser explicado pela imaturidade da equipe. Espero que o trabalho em equipe seja melhor explorado nos próximos filmes. A saga dos X-Men vai continuar nos cinemas. Mas a própria franquia (com já nove filmes) nos mostrou que pode ser algo melhor sem ser necessariamente algo maior. A Fox não pode esperar que o próximo Deadpool, em tom de piada, venha amenizar as suas falhas. Tá na hora de crescer com elas. Related PostsMarvel negocia com a diretora de SelmaO Oceano no Fim do CaminhoTudo novo de novo.Primeira imagem do filme de Scorsese sobre missionários cristãos no Japão feudal BoyhoodCrítica: Malévola Share on Facebook Share Share on TwitterTweet Share on Pinterest Share Print Print