Brincadeira de Criança

Não, não vamos falar da música do grupo Molejo – ou no meu coração infantil, no melhor das minhas memórias, Molejãaaaaao! – falaremos de brincadeiras mesmo.

Minha cara troll pra vcs ;)
Minha cara troll pra vcs 😉

Não sei se você já reparou, mas eu AMO DE TODO O MEU CORAÇÃO quando na igreja, enquanto todos cantam empolgados ao som do playback alto que esconde suas vozes de pato (falo por mim) e desinibe tanto quanto o chuveiro de casa, a aparelhagem de som falha e o sonoplasta não consegue voltar a tempo, e a igreja toda, em uníssono, continua a música á capella! Ahh como eu amo! Tudo o que for ao vivo me emociona, arrepia, e enche os olhos de lágrimas. E nada mais lindo que a igreja cantando!

Pois bem, e quando “a trilha sonora” da nossa vida falha? Não sei quanto à vocês, mas são raros, muito raros os momentos em que eu tenho ~silêncio mental~. Quando a casa e eu estamos quietos. Isso só acontece comigo de manhã cedo. Mas eu não sou mãe de filhos, só os peludos, e eles são dorminhocos.

A maioria dos que já são pais, mesmo com filhos adolescentes, mal sabem o que é uma hora que seja de silêncio real.Nós que nascemos dos anos 80 pra trás, com certeza já somos tios de sangue ou consideração, e pais também.

Esses dias atrás, meu sobrinho que completa 4 anos em breve, estava aqui em casa entretido na maravilhosa Netflix. Sempre tento apresentar coisas novas pra ele, mas meu amodo “disquinho quebrado” só quer saber do bom e velho de sempre.

Enquanto eu decorava cada esquete e casa música de “Jake e os Piratas da Terra do Nunca” aconteceu algo terrível! Acabou a luz!!!!!

La-VelaLá estávamos, marido e eu, olhando pra cara daquele pivetinho extremamente amado, cheio de opinião, sentindo-nos completamente inadequados! Pais, entendam que, pra quem ainda não tem filhos, a criança ~dozôtro~ é um bicho de sete cabeças sim! E agora, o que fazer? Comecei a brincar de escolinha com ele à luz de velas. Foi o que deu pra pensar rápido… Isso porque ele é o melhor moleque do mundo!

Mas eu convido cada um que tiver a pachorra de ler esse texto à refletir: como estamos gastando nosso tempo? Como estamos criando nossos “filhos” (meus sobrinhos, considero filhos espirituais). A internet, a televisão, o videogame tem criado nossos amadinhos e ocupado posição de destaque nas nossas casas. Tenta ler pra uma criança acostumada com TV!? Você se torna automaticamente o seu mais boring de todo o universo pra ela.

NÃO ESTOU CRITICANDO, POR TUDO O QUE HÁ DE MAIS SAGRADO, À NINGUÉM. Meu ponto aqui não é desmoralizar a ~santa~ Galinha Pintadinha, mesmo porque, ela resgata para atuais e futuras gerações canções folclóricas que nem você sabia mais de cor.

Mas minha intenção é nos fazer parar e pensar: tudo o que eu gostava era de ir brincar na rua, catar minhoca com meus primos pra ir pescar no laguinho e voltar de mãos abanando, assar milho na fogueira de folha de eucalipto na frente de casa, brincar de casinha na calçada da minha vó, ser o bobinho ou a “café com leite” das brincadeiras dos mais velhos!

Porque eu pouparia meus sobrinhos e futuros filhos de ser crianças como eu fui, me desenvolver, e deixar que eles se desenvolvam até mais do que eu? Geração criada a “leite com pêra e ovo maltino”?

Tente, uma vez na semana que seja, desligar tudo, sair da sua zona de conforto, e proporcionar ao seu filho, sobrinho, vizinho, uma tarde anos 60/70/80/90! Relembrar, oxigenar o cérebro, e passar adiante a infância feliz que tivemos e hoje, por motivos de segurança e tecnologia, eles não conhecerão naturalmente.

Não é um desafio bacana?

Conte abaixo suas experiências!

Adriano Toledo
Detentor do título de o mais nerd deste site... (Não tão) Profundo conhecedor de Quadrinhos, Games, Cinema, Literatura Fantástica e outras loucuras....
Top