Crítica – Wild

O que esperar de uma patricinha que decide fazer uma jornada espiritual através do deserto americano? Gritos histéricos pelo deserto.banner-wild-wild_oscar_nom_film

Confesso que Reese Witherspoon não me agrada como atriz. Ela despontou em Legalmente Loira e depois repetiu o papel na continuação sem o mesmo sucesso do anterior. De lá pra cá foram 14 anos. Por mais que ela escolha papéis diferentes do que a patricinha do início da carreira o carma continua.

Na incrível jornada real de Chery, Reese dá vida ao papel que renderia, de maneira injusta, uma indicação ao Oscar de melhor atriz. O desafio de encarar uma das caminhadas mais difícil dos EUA, penosa até mesmo para os experientes praticantes do trekking, e ser a uma das poucas mulheres a encarar esse objetivo, torna a história interessante. A vontade de fazer algo que realmente valha a pena, que realmente importe, que de fato faça a diferença em sua história, fez com que muita gente comprasse a ideia do filme.

A insegurança em lidar com os problemas imediatos da jornada confronta as atitudes suicidas de outrora. Sua decadência moral a motiva na busca do autoconhecimento. Isso foi bem retratado no filme e é o ponto alto do mesmo.

Com um elenco secundário fraco e uma atuação sem carisma da protagonista o filme não causa empatia. Graças à boa história de Chery o filme também não é digno de desprezo.

A impressão que fica é que Reese Witherspoon é uma mulher com o cabelo bagunçado com a cara cheia de maquiagem tentando ser uma garota sofrida, mas que momento algum você dá a mínima, tamanho o fake visto em tela.wild-reese-witherspoon

Leonardo Agrelos
Se acha um host, mas não sabe houstear. Se acha um podcaster, mas tem a linguá presa. Se acha um nerd, mas nunca terminou de ler O Senhor dos Anéis. Se acha um escritor, mas sempre procura no Google como se escreve impeachment. Entre tantos achismos uma certeza, a de que tem que melhorar como pessoa para parecer menos com um babaca.
http://pupilasembrasas.com.br
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