As Lendas da Marvel – 1602

Saudações Marvetes pacientes de Plantão!

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Eu sei, eu sei, faz tempo, eu sei… Mais uma vez não pude dedicar um tempo legal pra escrever outras críticas da Coleção Marvel de Graphic Novels. Mas estou voltando pois fui impelido a escrever uma crítica do último volume.

Imagine algo como: Universo Marvel encontra Game of Thrones… Sim, como seria os ícones Marvel na idade medieval? Essa é a premissa de 1602 de Neil Gaiman com arte de Andy Kubert.

Creio que alguns de vocês devem conhecer o autor Neil Gaiman, famoso pela obra dos quadrinhos da DC/Vertigo Sandman. Neil também é um famoso romancista conhecido por obras consagradas como Stardust e Deuses Americanos. Ocorre que a Marvel o chamou para escrever uma história fechada dentro do Universo Marvel. Porém a época era logo após o 11 de setembro, e Gaiman não se viu motivado a escrever nada ambientado no contexto daquele momento e muito menos em Nova York, cidade que é pano de fundo para a maioria das histórias da Casa das Idéias. Isso aliado a uma recente visita à Veneza gerou a idéia de utilizar o background no passado.

1602 é uma história ambientada principalmente na Inglaterra elisabetana (exatamente 400 anos antes de seu ano de publicação), mas logo de cara o leitor consegue distinguir personagens e elementos que lhe são familiares. Alguns mais óbvios outros bem escondidos, e essa é um dos maiores acertos na trama. O leitor fica maravilhado a cada descoberta de um personagem Marvel que estava lá de uma forma diferente da que estamos acostumados a ver nos quadrinhos convencionais. A trama envolve muitos elementos. Monarquias, inquisição, um fenômeno climático bizarro entre outras sub-tramas.

| Imagine algo como: Universo Marvel encontra Game of Thrones.

Eu particularmente adoro ler histórias de mundo paralelo que a indústria dos Quadrinhos produz, e algumas delas figuram entre minhas minhas favoritas como na DC é com O Reino do Amanhã, O Cavaleiro das Trevas e Superman: Entre a Foice e o Martelo, e com a Marvel com Velho Logan, Marvel Zombies e agora com 1602. Essas histórias tem como premissa básica o famoso “E se?” Na verdade a maior parte das ficções se baseia nesse conceito.

Aposto que você também já deve ter pensado muitas vezes “E se tivesse feito determinada coisa de forma diferente?” “E se tivesse agido não tivesse tomado tal atitude?” e etc. Muitas vezes isso chega a pesar na nossa mente, torturar em alguns casos. O passado que poderia ser diferente caso nossa atitude ou decisão fosse outra. Muitas vezes esse comportamento vem decorrente da nossa falta de capacidade de perdoar à nós mesmos por fallhas passadas.

Porém a cosmovisão que partilhamos é que por ocasião da Graça de Cristo podemos viver em novidade de vida, sem nos preocupar sobre o passado. Podemos sim aprender com o passado, com vistas sempre ao contínuo aprimoramento, mas sem precisar conjecturar os “e se?” de cada detalhe passado.

Adriano Toledo
Detentor do título de o mais nerd deste site... (Não tão) Profundo conhecedor de Quadrinhos, Games, Cinema, Literatura Fantástica e outras loucuras....
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