Happy Feet Não Serviu de Nada Blog Cinema Perspectivas em Brasas by Leonardo Agrelos - 17/02/20161 Há dez anos atrás, George Miller trazia para o cinema a fofura em forma de pinguim. Com uma história que se inicia como um clássico documentário sobre o Reino Animal – tamanha a sua qualidade técnica – evolui para uma grande aventura. Happy Feet até hoje é lembrado como um grande filme de animação, consagrado com o Oscar™ da categoria, no ano de 2007. Não estou aqui para exaltar a qualidade artística do filme, que é indiscutível, mas para lembrar do que ele trata; das suas denúncias e do alerta que soava. Para quem não recorda, o filme trata da história de Mano, um pinguim imperador que vive junto com outros pinguins que sabem cantar; porém ele não possuir esse dom. O talento de Mano está nos pés. Pés de dançarino. Ao final o que salva o dia é justamente o fato de Mano saber dançar. A dança salvou o dia. Mas será que a mensagem que o filme passa é essa? | Na vida real não há espaço para dançarinos pinguins, só para a crua verdade: Nós estamos destruindo tudo. O plano de fundo dessa história é o aquecimento global, fato que acaba impactando diretamente na alimentação dos pinguins. Mano salva o dia, não por causa da dança, mas porque apela para a bondade dos corações humanos. A dança é o que sensibiliza os humanos a tomarem mais cuidado com os animais marinhos. Acontece que dez anos depois do filme, a sensibilidade continua lá em 2006 – ou ainda mais pra trás. Ao que indica ela nunca foi além do filme. O que poderia ser um final trágico para um filme de animação, acabou sendo trágico na vida real. Na vida real não há espaço para dançarinos pinguins, só para a crua verdade: Nós estamos destruindo tudo. Cerca de 150 mil “happy feets” morreram após um deslocamento de iceberg na Antártida. Sim, 150 mil pinguins morreram por causas não naturais que, como muitos cientistas dizem, pode ser culpa do homem. O fato é que nem a fofura dos pinguins imperadores pode parar a máquina de ganância e egoísmo dos humanos. O problema não é só o Tio Sam ou a China. O problema, mais uma vez, está em nós. Não conseguimos mudar nossos interesses, nossas aspirações, nossas tendências. Por mais que gostemos de nos sensibilizar, a verdade é que está cada vez mais difícil ser sensibilizado. Que digam os pinguins. Related PostsPupilas em Brasas 203 – Thor 4: Amor, Trovão e a CabraPupilas em Brasas 235 – Entrevista Com o Demônio: Revelando as Estratégias Secretas do CapirotoJared Leto está supostamente encarnando o Coringa fora do set de filmagensCrítica – O Grande Herói Pupilas De Segunda #85 – Expectativas para 2018[Olho Crítico] – Kong: A Ilha da Caveira Share on Facebook Share Share on TwitterTweet Share on Pinterest Share Print Print