O legal dos documentários biográficos é o fato de expor a humanidade por trás da lenda. Só que nem sempre isso acontece. Um documentário feito pelo próprio criador do mito, tira o brilho que poderia ter, mesmo que fosse feito por um fã, as histórias contadas. Mas se tratando de Cristiano Ronaldo nada mais previsível de que um documentário feito por ele fosse algo que o exaltasse ainda mais.

Falando em futebol quero dizer que o CR7 é o melhor jogador do mundo. Messi não entra nessa comparação pois estou com parte da impressa que acredita que ele veio de outro planeta. Enquanto Messi é talento puro, Ronaldo é produzido para ser o melhor. Méritos dele que usou todos os recursos possíveis para ser o melhor.

O documentário começa com Cristiano ganhando a sua segunda Bola de Ouro e termina com ele ganhando pela terceira vez. Passando inclusive pela Copa do Brasil. Lógico que alguns pontos da sua infância difícil e seu começo como jogador na ilha Madeira são mencionados.

Aqui nos é apresentado um Ronaldo família. Um cara muito ligado a mãe e principalmente ao filho. Mesmo não revelando quem é a polêmica mãe do seu filho, esse fato é mencionado.

Em alguns momentos fica claro que ele está fingindo ser um cara melhor do que ele realmente é, ali na tela aparece um cara que o Ronaldo gostaria de ser como pessoa. Sua arrogância está ainda mais elevada. A frase “eu queria viver como rei e me dedico para viver como rei” é a síntese de quem é o Ronaldo.

Se a ideia de Ronaldo era causar uma empatia maior com o público, digamos que ele falhou miseravelmente. Não acho que foi essa a intenção. A sensação que fiquei é de justificativa. Ele se justificando em querer ser o melhor, se justificando que não há nada de errado em saber que é o melhor e agir como o melhor do mundo. Concorde ou não, esse é o CR7.