Prateleira de Baixo: “Amenésia (2000)”

Depois do sucesso da trilogia Cavaleiro das Trevas Cristopher Nolan não conquistou apenas os mais nerds viciados em quadrinhos, mas toda uma massa gigantesca de fãs por todo o mundo, que já o acha um dos melhores diretores de todos os tempos.

Exageros, ou não, a parte é fato que um diretor que tem em seu currículo não só a já citada trilogia do Batman, mas também filmes como “O Grande Truque” e “A Origem” – que em minha insignificante opinião é sua obra prima – não pode ser menosprezado.

Porém não vamos falar do obvio, vamos para onde ele começou, pelo menos em seus filmes comerciais.

Vamos falar de Amnésia (Memento).

O filme conta história de Leonard (Guy Pearce), que tem sua esposa assassinada por um assaltante em sua casa, que também o deixa com perda de memoria recente.

Essa é a grande sacada da trama, sua memoria tem uma espécie de apagão a cada 15 minutos, deixando só as coisas que aconteceram antes do assalto.

A alternativa que ele tem é marcar as informações em seu corpo para poder lembrar minutos depois.

Assim fica difícil confiar nas pessoas e você como espectador também começa a duvidar de todos.

Dessa maneira os irmãos Nolan – pois Jonathan Nolan é o roteirista – dá um nó na cabeça dos expectadores.

Por mais que o filme comece confuso o roteiro é muito bem amarrado para te esclarecer tudo no final, basta você não piscar na frente da tela, coisa que fica difícil no decorrer do filme.

A grande falha fica pela tradução brasileira, pois o personagem passa o filme todo afirmando que não possui amnésia e sim uma perda de memoria recente e mesmo assim esse é o titulo do filme em português.

Esse filme marca a grande estreia de Cristopher Nolan em longa metragem, e digamos de passagem: que grande estreia!

O filme recebeu duas indicações ao Oscar: melhor edição e melhor roteiro original.

Opinião:

Filme intrigante e complexo.

Temática adulta, devido sua complexidade.

Assista com percepção nível extreme.

Leonardo Agrelos
Se acha um host, mas não sabe houstear. Se acha um podcaster, mas tem a linguá presa. Se acha um nerd, mas nunca terminou de ler O Senhor dos Anéis. Se acha um escritor, mas sempre procura no Google como se escreve impeachment. Entre tantos achismos uma certeza, a de que tem que melhorar como pessoa para parecer menos com um babaca.
http://pupilasembrasas.com.br
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