Crítica – Cidade das Sombras Cinema by Leonardo Agrelos - 20/05/201418/09/20141 Cidade das Sombras (Dark City, 1998), apesar de contar com “nomes de peso” como Kiefer Sutherland, Jennifer Connelly e William Hurt é um ilustre desconhecido do grande público. Creio que isso se deve, em parte, por ter sido lançado um ano antes de Matrix e possuir plot semelhante, e, sobretudo, por ser muito “tosco”. Antes de prosseguir preciso observar o seguinte: NÃO! CIDADE DAS SOMBRAS NÃO É ANTECESSOR DE MATRIX E NÃO, MATRIX NÃO COPIOU CIDADE DAS SOMBRAS, apesar de as comparações serem interessantes e, por vezes, necessárias visto que o que acontece é de ambos os filmes beberem de fontes muito semelhantes, como por exemplo Neuromancer, Ghost In The Shell, diversas religiões e etc. (por isso a semelhança e comparação). Em Cidade das Sombras, temos uma visão de um mundo que é SEMPRE sombrio, com uma atmosfera bem noir. Onde algo está acontecendo, mas você não sabe exatamente o que é. Começamos seguindo um caminho de descoberta com o personagem principal que também não sabe o que está acontecendo e aos poucos vai montando todo um quebra cabeça bizarro onde os personagens do mal (digamos assim) são extraterrestres com uma habilidade interessantíssima de manipular o tempo/espaço (mas pode manter sua calma, isso não é spoiler, isso está na introdução do filme). O desenvolvimento do filme é bom, mas sabe aquela sensação de que falta alguma coisa? Então. Eu fiquei com essa sensação o tempo todo e por fim descobri o que faltou. Faltou grana! Isso mesmo, faltou foi dinheiro para produzir melhor a obra (e uma atuaçãozinha melhor do protagonista viria bem a calhar também). O mais frustante (especialmente depois de ver Matrix que saiu tão pouco tempo depois) é ver que essa obra poderia ser muito melhor desenvolvida, e muito se deve a não ter tido (TER TIDO. Será que posso usar essa construção?) um pouco mais de verba, mas como observei, a atuação também poderia ser melhor. Aliás, a questão da interpretação. Creio que cabe mais um bloco de texto sobre ela. Há momentos em que eu tive a seguinte sensação: VOCÊ SÓ PODE ESTAR DE ZUERA COM A MINHA CARA. Mas houve momentos em que achei excelente. Essa discrepância (ou alternância, talvez) segue durante o filme todo e em vários aspectos (não apenas na atuação). Isso apesar de incomodar, não desmerece o filme. Na verdade o enredo é interessante para caramba, as construções visuais são interessantes e bem feitas (aliás, vi Inception sendo influenciado nesse aspecto), a tecnologia meio na pegada streampunk foi algo que me agradou muito e o desfecho é satisfatório (ao contrário do que achei do final de Matrix… mas… isso é para outra hora). Por fim, Cidade das Sombras é um filme em certos pontos desconcertantes (para o bem) e em certos pontos deixando um pouco a desejar, mas que eu recomendo que seja visto. Existe MUITA filosofia escondida nele e se você gosta de ficar procurando referências e influências será um “prato cheio”. Minha nota para Cidade das Sombras é 8.9 risadinhas do Tutubarão (entendedores entenderão essa daqui). Ah! Um detalhe! Se você chegou aqui pensando que eu ia falar daquele OUTRO filme que também teve seu nome traduzido como Cidade das Sombras, mas que originalmente se chama City of Amber, filme que também tem uma pegada pós-apocalíptica, coisas steampunks e tal… então… talvez um dia eu fale dele. Related PostsCrítica: Jack – O Caçador de GigantesSerie King of the Hill – Os 3 Companheiros – SnipersThe Flash: a menção que EXPLODIU cabeçasListão – Russell CroweFim de Festa! Semana começa despedidas de séries super-heroicasCrítica: Vai que dá Certo. Share on Facebook Share Share on TwitterTweet Share on Pinterest Share Print Print