A guerra do Afeganistão filmada à moda americana. Se você não gosta de filmes americanizados, esse filme não é para você. 

A guerra no Afeganistão sempre levantou muitos questionamentos. Principalmente nos soldados, por não entenderem o que de fato estão defendendo. Mas, o sentimento mais forte que existe em uma guerra é a amizade em um pelotão. Pelo menos é o que mais me chama atenção. Eu gosto e me emociono. Não é a toa que Band of Brothers é minha mini série favorita. E é com os laços desse forte sentimento que o roteiro de Lone Survivor é construída. Perdão pelo o uso do nome em inglês, mas, a porca tradução brasileira, me lembra alguns filmes infantilóides da Sessão da Tarde.

O filme é baseado em um livro que por sinal é baseado em um conto real de guerra. A nota triste é que algumas cenas não são tão reais, tão bem executadas como deveria. Mas nada que atrapalhe a experiência.

O roteiro foi sábio em explorar as fragilidades dos personagens, mostrando um herói muitas vezes inseguro e perdido. Mark Wahlberg, manda bem como o inseguro sargento Marcus Lutrell, que comanda uma incursão atrás das linhas inimigas. Ele e seu pelotão estão observando um importante líder talibã. A ação se desenrola após um grande conflito moral entre os quatro fuzileiros. Em uma guerra a opção honrada pode ser a pior opção.

Em uma determinada cena, você terá a impressão de ver a pior queda de um penhasco já filmada, mas se você já assistiu Bem Vindo a Selva, poderá dizer: Talvez. Justa comparação, tendo em vista que era o mesmo diretor (Peter Berg). Falando nele, me parece que é um grande admirador de “Michael Bay Styler”. Deve ser por causa da exagerada fotografia nos momentos de heroísmo ou pelo simples fato de ser ele o responsável por “Transformes aquáticos” (Battleship: A Batalha dos Mares ).

Elenco conta ainda com Taylor Kitsch, deve ser o primeiro filme dele que não foi um fracasso de público.

Opinião Pupilas em Brasas: O filme é sobre guerra e infelizmente há muito sangue. Mas nada chocante.