Crítica – Birdman

Quem poderia imaginar que um dia Michael Keaton faria um filme digno de Oscar. Vinte cinco anos desde o Batman e esse é o filme mais relevante de Keaton. Incrível, previsível, irônico, depressivo, cômico? Essas características poderiam cair como uma luva para representar a carreira de Michael, entretanto estou a falar do filme.

Riggan (Michael Keaton) foi um ator de muito sucesso. Após recusar gravar a continuação de O Homem-Pássaro sua carreira desanda. Anos depois vemos Riggan lutando para provar ao mundo, e a ele mesmo, que ele é mais do que um personagem, ele tem talento para dar mais.

Permeado de excelentes subtramas, assim como em Babel, o diretor Alejandro González Iñárritu consegue dar a real importância para cada uma delas. A sensação que fica é de satisfação. Cada personagem é muito bem explorado. Mesmo sendo o Homem-Pássaro o principal, os personagens secundários não são meras escadas, eles se sobressaem, tem a sua profundidade explorada, mesmo tendo pouco tempo em tela.

A trilha é tão sufocante como os cenas sem cortes pelo corredores apertado do teatro. A bateria batendo a seco, criando uma expectativa que muitas vezes é frustrada pela atitude dos personagens. É como se a vida daqueles personagens fosse recheado de expectativas muitas vezes frustada pelo tédio da vida.

A crítica ao cinema, ao teatro, a TV, ao critico, ao espectador, ao artista, tudo está lá. O filme parece tão crítico ao ponto de criticar ele mesmo por fazer criticas. Confuso? Alguns dizem profundo.

Seja como for, Birdman é um excelente filme e chega forte no Oscar. Não só por conseguir recuperar a carreira de um ator decadente, a Academia adora essas histórias, mas por conseguir ser um monte de coisas sem se perder no meio do caminho.

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