Cinegoga#23 – A Fantástica Fábrica de Chocolates: a ganância é amarga

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Charlie Bucket vive necessitadamente em Londres. Apertado em um pequeno barraco onde mora com seus pais e seus acamados avós, Charlie é lembrado sobre o estado financeiro de sua família todos os dias quando ele passa em frente à fantástica fábrica de chocolates de Willy Wonka.

Até que um dia, Wonka anuncia um concurso que irá permitir que cinco crianças sortudas conheçam a fábrica por dentro. Tudo o que eles precisam fazer é achar um dos cinco bilhetes dourados escondidos entre as barras de chocolate. A loucura se instaura à medida em que crianças de todo o mundo se atropelam para achar um dos cinco bilhetes premiados.

Certo dia, Charlie encontra dinheiro perdido na rua. Desesperadamente faminto, ele compra duas barras de chocolate. Para sua surpresa, ao abrir a segunda barra, lá está um bilhete dourado. É então que ele e seu avô Joe se juntam aos outros quatro ganhadores para fazer o passeio de suas vidas. E melhor do que isso, Wonka promete a eles que ao final do passeio, uma das crianças receberá um prêmio muito maior do que eles podem imaginar.

Mas as coisas estão longe de ser como Charlie esperava. As outras quatro crianças eram insuportavelmente fedelhas, e Willy Wonka era o homem mais esquisito que Charlie já havia conhecido. Fora isso, ele estava extasiado por Wonka e sua fantástica fábrica. Mas enquanto o tour progredia, uma a uma as crianças caíam vítimas de seus vícios, ganâncias, ódio, egoísmo e glutonaria. Ao fim, apenas Charlie permaneceu para ganhar o prêmio, a própria fábrica de chocolates.

Mas para receber seu prêmio, havia uma condição para Charlie. Ele precisava dizer adeus a sua família para sempre. Quando Charlie se recusa, Wonka fica chocado. Apenas quando Charlie ajuda Wonka a se reunir com seu próprio pai é que ele finalmente entende a escolha de Charlie e a importância da família. Sendo assim, ele convida Charlie e toda a sua família para viver com ele na fábrica.

Vindo de um cenário humilde, sem uma aparência de destaque, e claramente sem habilidades especiais, Charlie é um herói improvável. Mas ele tinha uma coisa que as outras crianças não tinham: caráter.

Isso me faz lembrar das palavras de Jesus em Mateus 7:13 e 14, “Larga é a porta e amplo é o caminho que leva à destruição, e muitos entram por ela. Mas pequena é a porta e estreito é o caminho que conduz à vida, e apenas alguns a encontram.” Ao se recusar a ser guiado pela ganância e pelo egoísmo, Charlie mostrou que era digno de receber a fábrica.

E quanto a nós? Estamos trocando nossa herança por uma tigela de ensopado, ou estamos dispostos a percorrer o caminho menos tomado em direção ao grande prêmio?

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Leonardo Agrelos
Se acha um host, mas não sabe houstear. Se acha um podcaster, mas tem a linguá presa. Se acha um nerd, mas nunca terminou de ler O Senhor dos Anéis. Se acha um escritor, mas sempre procura no Google como se escreve impeachment. Entre tantos achismos uma certeza, a de que tem que melhorar como pessoa para parecer menos com um babaca.
http://pupilasembrasas.com.br
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