Série Melhores Games de 2017 – Horizon Zero Dawn

Mundo pós-apocalíptico, check. Dinossauros robôs, check. Protagonista mulher com personalidade forte, check. Mundo aberto gigante e lindo, check. Um jogos com essas características poderia ser um grande clichê porém o que temos aqui é um dos melhores jogos de 2017 e uma grande surpresa. Horizon Zero Dawn é um grande exclusivo do PS4 que traz uma jornada fantástica em busca de respostas em um mundo fascinante.

Seja bem-vindo de volta à série de críticas aos melhores games de 2017! Dessa vez falaremos de um jogo que se tornou um querido do público quase que instantaneamente, Horizon Zero Dawn! Anunciado lá em 2015 o game já estava criando expectativa no público, ávido de algo novo no gênero de jogos de mundo aberto com jogabilidade em terceira pessoa. O game foi desenvolvido pela Guerrilla, responsável pela série Killzone, e estava sendo trabalhado desde 2011.

Temos um mundo aberto, bem grande, ambientado no contexto pós-apocalíptico se passando milhares de anos após a queda da sociedade como conhecemos. Além disso temos a presença de dinossauros mecânicos, de diferentes formas e tamanhos, que de forma geral querem matar os seres humanos. Os seres humanos vivem em tribos com diferentes características, como “proto-nações”. Essas tribos tem relações algumas vezes amigáveis e outras vezes bélicas. É em uma dessas tribos que encontramos nossa protagonista, Aloy. Ela faz parte da tribo dos Nora, porém é uma exilada e vive com Rost, uma espécie de figura paterna. Ela não sabe ao certo porque foi exilada, mas o motivo aparente é o fato de ela não ter mãe, sendo que os Nora são uma sociedade matriarcal. O passado e origem de Aloy é um dos mistérios a ser desvendado pelo jogador ao longo do gameplay, assim como o porque de as máquinas estarem se tornando cada vez mais agressivas.

Falando nisso, a jogabilidade de Horizon é muito fluida e bem construída. Você controla a personagem em terceira pessoa com mecânicas de combate usando uma lança, arco-e-flecha e diversos tipos de armadilha. O combate do jogo é difícil e penoso se você for de cabeça tentando bater nos bichos na porrada franca, de forma que naturalmente o jogo te estimula a usar uma aproximação mais “stealth” e com preparo. Ai é que entra um acessório encontrado por Aloy logo ao início do jogo e também envolto em mistério que auxilia nesse trabalho, o Foco. que é basicamente um gerador de realidade aumentada localizado na têmpora da personagem, que permite que ela analise os pontos fracos dos robôs. Dessa forma você pode utilizar suas estratégias e armadilhas ao seu pleno potencial. No decorrer do jogo você também adquire a habilidade de controlar os dinobots, dando às batalhas uma nova dimensão.

Fora do combate o jogo tem elementos de outros jogos consagrados como Assassins Creed (a forma como você abre o mapa sincronizando nos Tallnecks) e Uncharted (mecânica de escalada e “parkour”) com toque de jogos como Far Cry e  que você precisa coletar ítens do cenário e de inimigos derrotados para fabricar ítens e upgrades. Além disso temos os populares elementos de RPG presentes, como acúmulo de experiência e níveis e o uso de pontos para compra de habilidades.

Do ponto de vista técnico o jogo brilha pelo seus gráficos lindos, cenários extremamente detalhados e que mudam com o passar do tempo e a captura de movimento facial impressionante, dando vida à interpretação dos atores que além de emprestar a voz também tiveram sua interpretação capturada e transportada para a tela.

Horizon é um ótimo exemplo de jogo em que a jogabilidade e história te fazem ficar imersos na progressão. Quanto mais você vai jogando mais curioso você fica para desvendar os segredos da história, como aquele mundo ficou daquele jeito, de onde surgiram as máquinas, quem é Aloy e etc. Ao passo que quanto mais você vai jogando as partes de combate, você vai ficando bom nisso e querendo desafios maiores. A forma que você transita no mundo aberto também é muito satisfatória, porém se tiver que apontar um pequeno defeito seria a baixa quantidade de side-quests. Um mundo desse tamanho poderia ter sido melhor aproveitado com inúmeras side-quests opcionais, porém as que temos no game são todas bem escritas e envolventes, o que é melhor do que ter centenas de side-quests vazias (né Skyrim?), mas confesso que depois de The Witcher 3 eu fiquei meio chato para esse quesito…

Resumindo, Horizon Zero Dawn é um jogo fantástico, um verdadeiro destaque nesse ano cheio de jogões, que irá lhe render boas horas de exploração, combate, mistérios e muitas mortes nas garras e dentes mecânicos das máquinas.

PS: Lembrando que o jogo possui um DLC que expande ainda mais o território explorado, novos dinossauros e mais história.

Nota do Adriano8,5 de 10.

Nota do Metacritic 89 da Mídia especializada e 8.3 dos usuários do site.

A classificação indicativa do jogo nos EUA é T ou seja é apropriado para pessoas com a partir de 13 anos.

 

Adriano Toledo
Detentor do título de o mais nerd deste site... (Não tão) Profundo conhecedor de Quadrinhos, Games, Cinema, Literatura Fantástica e outras loucuras....
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