Série Melhores Games de 2017 – The Legend of Zelda: Breath of The Wild

Achou que não ia ter jogo da Nintendo na série de melhores jogos de 2017? Achou completamente errado otár… quer dizer, querido amante da arte videogamistica! Tá começando mais uma crítica, sempre com opinião relevante sobre os melhores games de 2017, e hoje The Legend of Zelda: Breath of the Wild!

Ok, espero que vocês me desculpem a referência ao Choque de Cultura, eu não resisti…. Indo ao que interessa, voltamos ao final de 2016. a Nintendo penava com baixas vendas e péssimas críticas do seu console Wii-U. No mesmo ano de 2016 foi revelado que a empresa estava trabalhando em um novo console chamado a princípio de Nintendo NX. Após muita especulação e expectativa, em Outubro é revelada em um Nintendo Direct o que seria o NX, o que hoje conhecemos e amamos como Nintendo Switch, que seria lançado no inicio de 2017, e teria como grande jogo de lançamento nada menos que The Legend of Zelda: Breath of the Wild!

O jogo já vem com a responsabilidade de ser o primeiro system-seller, aquele título que faz você comprar o console só pra jogar aquele jogo em específico, e cumpriu com louvor, visto que até o final do ano de 2017 o Switch já tinha vendido mais unidades que o Wii-U em todo seu ciclo, o que na verdade não é bem um graaaande feito, mas até dezembro de 2017 foram 14 milhões de unidades. O último game de console da franquia, que é talvez a segunda maior da Big-N atrás apenas de um certo encanador, tinha sido Skyward Sword de 2011, e isso só fez a expectativa aumentar absurdamente.

Mas vamos ao game, lançado como dito acima em Março de 2017 juntamente com o Nintendo Switch. De cara vemos que a Nintendo pela primeira vez apostou em um mundo aberto gigante, onde a exploração e deslocamento são partes importantíssimas para o jogador. Em termos de gráficos, o design de personagem como sempre é caricato, de forma que o estilo de gráfico em cell-shading cai como uma luva e dá um ar muito característico à esse capítulo da franquia. Além disso o mundo é lindo, os cenários são feitos com extremo detalhe, sendo que temos os mais diversos tipos de cenários (planícies, montanhas, deserto, vulcão, neve, etc…). Muitos elementos e personagens da franquia estão presentes ou na história ou como easter eggs, fazendo do game um deleite para os fãs de longa data. Porém ao mesmo tempo esses mesmos fãs podem sentir falta de elementos clássicos da série, como as dungeons abundantes e extensivas nos jogos anteriores, em Breath of the Wild foram repaginados para virarem os Shrines espalhados pelo mapa e também as Divine Beasts que tem muitas exploração e mistérios em seu interior.

Falando nisso vamos à história. Como sempre o jogador encarna nosso querido protagonista mudinho Link, que acaba de acordar sem memórias no Shrine of Ressurrection. Ele descobre que à 100 anos o mundo foi atacado por Calamity Ganon, uma força destrutiva que busca a ruína de Hyrule. Nesse embate, mesmo com a força dos quatro Campeões pilotando as Divine Beasts, armas construídas por um povo antigo, Link e a Princesa Zelda não foram capazes de derrotar Ganon, e nessa batalha tombaram os 4 campeões, Link foi colocar em um sono de recuperação, e Zelda ficou aprisionada em uma batalha eterna com Ganon dentro do Castelo de Hyrule.

Ao descobrir tudo isso Link parte em busca recuperar suas memórias e libertar as Divine Beasts que foram dominadas pela corrupção de Ganon, para usá-las em sua luta, além de libertar as almas dos Campeões que ficaram ligadas às suas beasts. Após isso Link irá enfrentar Ganon mais uma vez ao lado da Princesa Zelda.

Zelda é um RPG de ação mas tem muitas particularidades em relação ao gênero. Pra começar, não há sistema de level nem ganho de experiência. Ou seja, você não fica mais forte com o tempo, a progressão se dá através do jogador resolvendo os puzzles dos shrines para acumular corações (HP) e aumentar a rodinha de stamina. Isso além de adquirir itens melhores como armas e armadura. E ai que entra um ponto interessante do jogo, que também pode aborrecer alguns jogadores. As armas do jogo tem durabilidade, ou seja, elas eventualmente irão quebrar. Com tudo isso em mente você tem um mundo em que pode acessar praticamente qualquer lugar do jogo, e fazer qualquer missão a qualquer momento. Se você quiser pode ir já de cara pro castelo enfrentar Ganon, embora isso seja altamente desaconselhável. Essa liberdade é algo que Zelda tem de diferencial em relação à maior parte dos games desse gênero, e que é um pouco difícil de se acostumar para aqueles que vêm de games mais organizados com uma ordem clara de missões para níveis certos.

Tudo isso dito, é meio que claro que se você é um feliz dono de um Nintendo Switch é óbvio que você deve jogar Zelda Breath of The Wild, se não por tudo isso que eu falei acima, pelo fato de o game ganhou boa parte dos prêmios relevantes da indústria na categoria Jogo do Ano, incluindo o The Game Awards. Se você ainda não tem um Switch, e gosta dos exclusivos da Nintendo e de vídeo-games em geral, eu recomendo a você ao menos considerar a compra, visto que o console tem se destacado de forma positiva e teve dois dos melhores games de 2017, a tendência é a Nintendo continuar nesse ritmo. Inclusive talvez ainda saia um texto falando desse pequeno e maravilhoso console.

 

Nota do Adriano9 de 10.

Nota do Metacritic97 da Mídia especializada e 8.5 dos usuários do site.

A classificação indicativa do jogo nos EUA é E10+ ou seja é recomendado para maiores de 10 anos.

Jogado no Nintendo Switch com aproximadamente 100 horas de gameplay do game com as duas expansões. O jogo está disponível também para Wii-U.

Adriano Toledo
Detentor do título de o mais nerd deste site... (Não tão) Profundo conhecedor de Quadrinhos, Games, Cinema, Literatura Fantástica e outras loucuras....
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