[QUADRINHOS] Grandes Lendas – Lex Luthor: O Homem de Aço

lex01Saudações Lendárias!

Pois muito que bem! A Editora Eaglemoss não dormiu no ponto e deu um jeitinho para que alguns volumes da coleção coincidissem com a época de lançamento do aguardado filme Batman Vs Superman: A Origem da Justiça. Mesmo que isso fosse a custo de seu nome e credibilidade. Digo isso pois a editora “pulou” a publicação dos volumes 9 e 10 em diversas praças, inclusive a minha. De forma que ao invés de termos Liga da Justiça Ano 1, partes 1 e 2, tivemos os lançamentos de Batman: Morte em Família (clique aqui e veja nossa crítica) e agora Lex Luthor: Homem de Aço. Dois arcos que trazem diversas similaridades com o filme. Resta a nós leitores aguardar que a editora desfaça essa lambança nos próximos meses, pois o Aquaman vai ficar bem feio cortado na prateleira dos DCnautas.

Mas vamos à obra em questão. Ah! E antes que eu me esqueça, temos um Pupilas em Brasas sobre essa HQ! Ouça também porque, como de costume, está muito bom! Lex Luthor: Homem de Aço foi escrita por Brian Azarello e ilustrada por Lee Bermejo, dupla que depois faria outra história icônica baseada em um vilão – o Coringa, na HQ homônima. No caso de Lex Luthor: Homem de Aço, a trama obviamente, é centrada e contada do ponto de vista do bilionário e arqui-inimigo do Azulão, tendo poucas mas certeiras inserções do herói.

 

LEX LUTHOR PELO BEM DA HUMANIDADE . OU NÃO

Dada a inversão de ponto de vista na história, podemos ter um vislumbre das motivações de Lex Luthor em sua perseguição ao Superman. Luthor é descrito na história como alguém que, acima de tudo, quer afirmar a supremacia do ser humano e descartar a necessidade de ação e presença de um alienígena super-poderoso em nosso meio, ajudando e servindo de guia e padrão de comportamento.

Em um pequeno momento no início da história, vemos um raro momento em que Lex demonstra cuidado e atenção para com um de seus funcionários. Nesse momento, chegamos a pensar que talvez, nessa história, veremos um Luthor diferente e mais humano. Essa sensação passa bem rápido. Em sua busca doentia por uma forma de combater o Escoteiro, Lex usa de todos os meios a seu alcance, não se importando com nenhum dano colateral que possa ser ocasionado.

 

| Você já teve a sensação de vilanizar alguém (…) que, em algum ponto, você se questiona “Por que não gosto de fulano mesmo?” e não consegue se lembrar?

 

Uma das formas utilizadas pelo Careca é, ora vejam só, o Batman! Sim, nessa história Luthor tenta e, de certa forma, consegue jogar tanto Batman quanto Bruce Wayne contra o Superman. Inclusive, penso eu que essa história deva ter servido de base para a trama de Batman Vs Superman: A Origem da Justiça.

Outro dos planos infalíveis (à la Cebolinha) que Lex usa é a ousada criação de uma “super-heroína” para Metropólis, a quem ele batiza de Esperança. Esta seria sua chance de mostrar à cidade que eles não precisariam do Superman, mas poderiam depender de Esperança, que até então era apresentada como humana. Claro que a maioria dos feitos da moça foram projetados pelo próprio Luthor, chegando ao ponto de em um desses, ocasionar a morte de dezenas de pessoas, incluindo crianças. Isso mostra o quão obstinado e cego o vilão se tornou em sua busca pela derrota do Homem de Aço.

 

CONSTRUTORES DE PAREDES

Você já teve a sensação de vilanizar algo – ou alguém – tão obstinadamente que, em algum ponto, chega a se questionar “Por que não gosto de fulano mesmo?” e não consegue se lembrar? O que quero dizer é que muitas vezes, nosso ego é parecido com o do nêmesis de Clark Kent. Acreditamos que apenas nossa forma de pensar e agir está correta e assim, construímos uma parede ao nosso redor, impedindo nossos semelhantes de nos ajudar com suas opiniões. Que diferentemente de Lex Luthor, ao invés de paredes, construamos pontes.

Até a próxima lenda!

Adriano Toledo
Detentor do título de o mais nerd deste site... (Não tão) Profundo conhecedor de Quadrinhos, Games, Cinema, Literatura Fantástica e outras loucuras....
Top